A prenda de aniversário de Luca Toni chegou com dois dias de avanço

Um objectivo individual passou a ser um desígnio colectivo para o Verona. Aos 38 anos, o avançado está perto de fazer história.

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Em Janeiro de 2012, quando a Juventus confirmou a saída do avançado Luca Toni para o Al Nasr, dos Emirados Árabes, parecia ter chegado ao fim a longa e profícua história do internacional italiano na Série A. Felizmente para a Fiorentina e, sobretudo, para o Verona, não foi bem assim. Seis meses depois, o goleador estava de regresso ao país natal, para retomar o pesado legado que deixara. E a verdade é que o conto de fadas pode muito bem atingir contornos históricos no próximo fim-de-semana, se Toni conseguir confirmar o estatuto de melhor marcador do campeonato. Aos 38 anos.

No dia em que a Fiorentina assegurou a presença na próxima edição da Liga Europa, graças a uma vitória por 3-2 em casa do Palermo, os holofotes da Série A viraram-se para Parma. Tudo por causa de um monstro sagrado do futebol italiano, 47 vezes internacional, campeão do mundo em 2006 e uma máquina de fabricar golos. Frente a um adversário já despromovido, o Verona arrancou um empate (2-2, com Varela a fazer um dos golos dos anfitriões) que serviu, acima de tudo, para catapultar Luca Toni para o topo da lista dos goleadores da Liga, agora com 21 golos, mais um do que Carlos Tévez (Juventus) e Mauro Icardi (Inter Milão).

Foram dois golos, um aos 42’ e outro aos 80’, de grande penalidade, que funcionaram como uma espécie de prenda antecipada para o avançado que nasceu a 26 de Maio de 1977 em Pavullo nel Frignano, na província de Modena, onde iniciou a carreira de sénior, em 1994. Desde então, já representou 15 clubes (e marcou por todos eles), confirmando ano após ano as credenciais de goleador que foi construindo ao longo da carreira e que podem atingir frente à Juventus, na última jornada da Série A, o epílogo perfeito.

“É o último jogo em casa, jogamos contra a equipa mais forte de Itália e queremos terminar em grande. Conquistar o título de melhor marcador seria uma grande satisfação para mim, mas estarei tranquilo”, garante Luca Toni, que ultrapassou pela quarta vez na carreira a barreira dos 20 golos (marcou 30 pelo Palermo, em 2003-04, 31 pela Fiorentina em 2005-06 e 24 pelo Bayern Munique em 2007-08). Se conseguir repetir a proeza de 2006, ano em que se tornou o máximo goleador do campeonato italiano, entrará na galeria dos notáveis por via do bilhete de identidade, já que se tornará no mais velho goleador de sempre na competição.

“Queremos ajudá-lo a terminar no topo da lista dos goleadores. Para nós e para ele, corresponderia a conquistar o Scudetto”, atesta Andrea Mandorlini, treinador do Verona, 13.º classificado da prova.

O adeus do Hull City
Em Inglaterra, o dia foi de tristeza para o Hull City e para Sam Allardyce. Os tigers despediram-se da Premier League, dois anos depois da subida, com um empate frente ao Manchester United (0-0), enquanto o West Ham se despediu do seu treinador na sequência de uma derrota em Newscastle, por 2-0.

“O clube está à procura de um novo treinador, depois de ter decidido não renovar o contrato com Sam Allardyce”, informou a direcção do emblema londrino, que põe, assim, um ponto final numa relação de quatro anos com o técnico — a equipa terminou a Premier League na 12.ª posição, com os mesmos pontos do 11.º, o Everton.

Bem mais abaixo, em 18.º, ficou o Hull City, que precisava de bater o United e também que o Newcastle não vencesse. Nenhuma das premissas se concretizou e o finalista da Taça de Inglaterra da época passada juntou-se a Burnley e QPR no lote de despromovidos ao Championship.

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