A lei de Jackson também se aplica na Taça da Liga

Goleador colombiano foi chamado à titularidade na prova pela primeira vez nesta época e respondeu com dois golos, o último dos quais para mais tarde recordar. O FC Porto está nas meias-finais.

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Pedro Trindade/NFactos

Percebeu-se pela simples leitura da ficha de jogo que o FC Porto queria garantir o mais depressa possível o apuramento para as meias-finais da Taça da Liga: Danilo, Tello e Jackson de início davam mais garantias do que outras opções que têm sido utilizadas na competição. E os “dragões” cumpriram. Marcaram cedo, na 4.ª jornada da fase de grupos, e encaminharam um triunfo sem contestação (4-1) sobre a Académica, que lhes garante um embate com o Marítimo, nas meias-finais, a 11 de Fevereiro.

O 135.º encontro da história  entre FC Porto e Académica correspondeu praticamente na plenitude a todas as previsões. Os anfitriões a dominarem, a controlarem, a sufocarem o adversário; os visitantes a aguentarem o embate até poderem e a espreitarem o contra-ataque sempre que conseguiam respirar um pouco com bola (uma raridade nesta quarta-feira, no Estádio do Dragão).

Ainda o FC Porto tentava perceber que caminhos percorrer para chegar à baliza de Cristiano e já Aníbal Capela iluminava a estrada. Aos 6’, o central tentou fintar Ricardo à entrada da área, mas não contou com a presença de Jackson nas costas. Resultado? Roubo de bola e finalização imaculada do colombiano.

A Académica entrava praticamente a perder e deixava os “azuis e brancos” à vontade para praticarem o habitual futebol de posse e circulação, que teve um dos pontos mais altos aos 10’ (Tello, isolado por Campaña, permitiu uma boa defesa de Cristiano). Depois, foi ver o 4-5-1 dos visitantes, com Rui Pedro perdido no ataque na função de ponta-de-lança improvisado, andar atrás da bola como uma barata sem quase nunca a conseguir resgatar. A prioridade era manter a organização, mas o resultado já pedia algo mais. E o remate de Rui Pedro por cima da trave, o primeiro do encontro, aos 36’, era muito pouco.

Com a segunda parte chegou um FC Porto mais esclarecido no último terço e a ameaça de Jackson aos 47’, quando se isolou a passe de Danilo, deixou novamente a Académica em sentido. Não bisou nesse lance, mas tinha uma carta ainda mais valiosa na manga. Aos 58’, Tello bateu um pontapé de canto e Jackson, de calcanhar, a meia altura, desviou com classe para aquele que foi o seu 23.º golo nesta época (em 27 jogos) e o sexto de sempre na Taça da Liga.

O goleador saiu pouco depois já com o campeonato no horizonte e o FC Porto, mais distendido, abriu espaço no lado esquerdo, que Hugo Seco aproveitou: fuga para as costas de Jose Ángel, assistência perfeita para o golo do jovem Mbala (18 anos), que substituíra Rui Pedro aos 66’.

Durou pouco, porém, a festa dos visitantes, porque do outro lado sobressaiu outra promessa do futebol português. Gonçalo Paciência, lançado para a vaga de Jackson, ameaçou aos 70’ com um bom remate e concretizou aos 75’, num bom lance individual. Como se não bastasse, o avançado que se tem destacado na equipa B ainda arrancou a grande penalidade que Evandro converteu no 4-1, aos 80’.

Houve boas notícias para o FC Porto nesta quarta-feira, para além do próprio resultado e do consequente apuramento para as meias-finais da competição.

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