Viva South Park!

Matt Stone e Trey Parker são gigantes morais do nosso tempo. Apesar de terem ficado ricos com o musical The Book of Mormon continuam a ridicularizar vacas sagradas no South Park como se não tivessem outra fonte de rendimentos.

A décima-nona temporada, que já vai no terceiro episódio, diverte-se e diverte-nos a fazer pouco das modas politicamente correctas de 2015. Divertir é desviar. Rir é sentirmo-nos desligados de uma coisa a que antes nos julgávamos, consciente ou inconscientemente, presos.

South Park já merece a companhia de The Simpsons que entrou, no dia 27 de Setembro, na vigésima-séptima temporada. Ambas as séries são obras-primas que, num equilíbrio que escapa a todas os outros (provavelmente estúpidos) produtores, conseguem ser livres, rebeldes e populares ao mesmo tempo.

A mais recente revista Weekly Standard, datada de 5 de Outubro (essa repugante data) contém uma reportagem facciosa mas bastante convincente de Matt Labash sobre o minefield (campo minado) das microagressions, escritas assim, sem hífen.

Os episódios dos Simpsons são sempre engraçados. O canal Fox é admiravelmente tolerante quando se trata de ganhar influência ou, à falta de influência, dinheiro.

Mas os episódios do South Park são sempre incisivos. São do contra. Os Simpsons deixam passar e gozam. South Park goza e não deixa passar.

É uma grande diferença. Ou será uma diferença pequena? Ou será esta maneira decididamente indiferente?

A luta continua!

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