Uma noite de festa ilimitada num Coliseu em renovação

O FLIC: Festa Lotação Ilimitada Coliseu marca o início de uma nova fase da maior sala de espectáculos portuense. B Fachada, Black Bombaim e Throes + The Shine são alguns dos nomes deste festival agendado para o próximo sábado.

Foto
Um programa de festas cem por cento nacional: do rockuduro dos Throes + The Shine, aos riffs apontados ao espaço dos Black Bombaim, passando pelo nosso querido bardo B Fachada (na foto) DR

O Coliseu do Porto está a mudar. Tem nova imagem, novo nome, agora sem o “do”. Portanto, recomecemos. O Coliseu Porto está a mudar. A direcção (também ela renovada) quer granjear novos públicos para o espaço, abri-lo à cidade, através de uma estratégia concertada sob o signo da transversalidade: acolher mais espectáculos e começar a ter programação própria, evitando que o Coliseu funcione apenas como barriga de aluguer.

O primeiro passo neste sentido acontece sábado 18 e chama-se FLIC: Festa Lotação Ilimitada Coliseu. A partir das 20h30, e até às três da manhã, o espaço vai ser animado com uma série de concertos e DJ sets espalhados pelas várias salas, permitindo-nos coscuvilhar os cantos da casa (mais exactamente o Salão Ático, o Salão Jardim, a Sala Principal e o Átrio).

Passemos em revista o programa das festas, cem por cento nacional: há o rockuduro dos Throes + The Shine, em que a electricidade das guitarras é torneada pela ginga roliça do kuduro; os riffs catedralescos apontados ao espaço dos Black Bombaim, locomotiva do psicadelismo para trips intensas e que acabam bem; B Fachada, o nosso querido bardo, artesão de canções que esgravata a lusofonia para criar um vocabulário só dele; os embaixadores do hip-hop portuense, Mind da Gap e Dealema (aproveitando o assunto, haverá um festival de hip-hop no Coliseu, na reentrée); sem esquecer Memória de Peixe, Les Crazy Coconuts e Legendary Tiger Man. Nos DJ sets, destaque para a electrónica orgânica e paisagista de LASERS e os chafurdanços eurodance dos Gin Party Soundsystem.

“O cartaz é uma espécie de caixa de bolachas sortidas em música, para juntar diferentes tribos e diferentes estilos de música. É um cartão-de-visita para mostrar o que o Coliseu pode ser”, diz Luís Salgado, programador deste evento e do Maus Hábitos a tempo inteiro, conhecido pelas suas festas de aniversário de acesso público (lotadas, lotadíssimas), autênticos festivais de boa música portuguesa. O FLIC está, portanto, em mãos experientes – e se tudo correr bem acontecerá “pelo menos uma vez por ano”. Os bilhetes custam 18 euros e podem ser comprados nas bilheteiras do Coliseu e no Ticketline.

Sugerir correcção
Comentar