Tudo em família no prémio Emergentes dst nos Encontros da Imagem de Braga

Fotógrafa francesa Marie-Pierre Cravedi e o seu trabalho sobre a sua família Reúnion recebeu este sábado a distinção máxima.

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Marie-Pierre Cravedi
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A fotógrafa francesa Marie-Pierre Cravedi e o seu trabalho sobre a sua família Reúnion é a vencedora do prémio internacional Emergentes dst 2014, atribuído na noite deste sábado nos Encontros da Imagem de Braga. Um ensaio sobre “o comportamento individual em contexto familiar” que também foca “o funcionamento das relações no seio de um grupo” e, no meio disso tudo, uma câmara que lhes é também familiar mas que não deve estranhar-se nem entranhar-se demasiado, alterando os comportamentos dos protagonistas.

Nesse equilíbrio em que a fotógrafa tenta avaliar a identidade do indivíduo no contexto colectivo que é a família, a obra de Marie-Pierre Cravedi é “bastante inimista e realista”, descreve em comunicado David Balsells, presidente do júri, que reconhece que esta é “uma fotografia que demora a entender. É preciso tempo para se compreender a mensagem que é transmitida”. O prémio respeitante à 5.ª edição de um dos mais importantes galardões atribuídos em Portugal na área da fotografia e agora entregue à autora francesa – que também surge representada em algumas das imagens agora premiadas - tem um valor pecuniário de 7500 euros.

Além de Marie-Pierre Cravedi, foram reconhecidos nos Emergentes dst com menções honrosas os fotógrafos Diego Saldiva e Cécile Burban. No mais importante festival de fotografia português, o brasileiro Diego Saldiva foi distinguido pela sua documentação do nascimento do filho e seus efeitos no corpo da mulher, cicatrizes de um parto mas também de problemas de saúde da criança. Sentimento e perda, documento e registo. Já a francesa Burban levou a Braga Dernières séances, série sobre cinemas abandonados em África, em particular no Mali, em que tentou transmitir a nostalgia daqueles espaços de limbo artístico.

Ao prémio Emergentes dst concorreram 80 fotógrafos, seleccionados a partir das cerca de 500 candidaturas enviadas ao festival de autores de países tão variados quanto o Japão, Rússia, Reino Unido ou da Escandinávia, que apresentaram os seus portefólios ao júri presidido por David Balsells e que foram avaliados por 21 críticos. Balsells encontrou trabalhos “de um nível bastante elevado”. O melhor portefólio do Emergentes dst recebe, além do prémio monetário, a possibilidade de o autor expor o seu trabalho na próxima edição do Encontros da Imagem, que será a 25.ª. Os encontros, que arrancaram dia 18 e se prolongam até 31 de Outubro em Braga, realizam-se este ano sob o tema A Fé e a Esperança.  

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