Susan Sontag, Laerte e Joaquim Pinto no primeiro Queer Porto

Entre esta quarta e sábado, a edição de estreia no Porto do festival de cinema LGBT é um certame autónomo com uma programação completamente diferente de Lisboa.

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O documentário de Nancy Kates sobre a célebre crítica e ensaísta Susan Sontag, Regarding Susan Sontag dr

Seria previsível esperar do Queer Porto, que decorre desta quarta-feira até sábado com o Rivoli como centro das projecções oficiais, uma extensão do festival que decorreu em Lisboa nos últimos dias de Setembro.

Afinal, o Queer Porto, este ano em primeira edição depois de um ensaio em 2014, não é um mero prolongamento do veterano festival português de cinema LGBT: é, na verdade, um outro evento, com uma programação autónoma e diferente da de Lisboa. Basta dizer que nenhuma das longas-metragens exibidas nos próximos quatro dias foi mostrada na capital; a excepção é Praia do Futuro, de Karim Aïnouz, que abriu a edição de Lisboa e será o filme de encerramento no Porto (sábado 10 às 21h30).

A abertura oficial do evento portuense, esta quarta-feira às 21h30, estará ainda assim sob o signo do Brasil, com a projecção do filme de Lírio Ferreira Sangue Azul, vencedor do festival do Rio de Janeiro em 2014 e um dos doze títulos escalados para a secção competitiva do evento (seis documentários, seis ficções). Entre as obras a concurso, contam-se o documentário de Nancy Kates sobre a célebre crítica e ensaísta Susan Sontag, Regarding Susan Sontag (esta quarta-feira, 19h); De Gravata e Unha Vermelha, onde a brasileira Miriam Chneiderman filma Laerte, a cartoonista brasileira transgénero (sexta 9, 17h); e o director's cut do documentário de Joaquim Pinto e Nuno Leonel sobre uma comunidade de pescadores açoriana, Rabo de Peixe (sábado 10, 16h30).

Em paralelo, o Queer Porto ocupará o espaço da companhia Mala Voadora, na Rua do Almada, com a exibição de dois programas temáticos de curtas-metragens, e de duas video-instalações dos libaneses Roy Dib (A Spectacle of Privacy) e Akram Zaatari (The End of Time), patentes durante os quatro dias do festival. Uma outra video-instalação, The Golden Age of the American Male, sobre o trabalho do fotógrafo Bob Mizer (homenageado igualmente em Lisboa na secção Queer Art), será visível na galeria Wrong Weather. Finalmente, o Maus Hábitos recebe uma sessão do programa de telediscos Queer Pop e uma projecção especial de O Bacanal do Diabo e Outras Fitas Proibidas de Ivan Cardoso, “colagem”/mix-tape de excertos inacabados de filmes encetados ou preparados por aquele cineasta marginal brasileiro (amanhã às 23h30). O programa completo deste primeiro Queer Porto pode ser consultado no site oficial www.queerporto.pt .

 

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