Seleccionados sete projectos para o pólo criativo da sede da Trienal de Arquitectura

A Trienal de Arquitectura vai realizar-se em Lisboa, no Palácio Sinel de Cordes, em 2016.

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O Palácio Sinel de Cordes vai ser a sede da Trienal de Arquitectura Daniel Rocha

Sete projectos foram seleccionados num concurso para entrar no pólo criativo do Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, sede da Trienal de Arquitectura, anunciou esta quarta-feira esta entidade.

O projecto de reabilitação do palácio – cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, há dois anos, para sede da Trienal –, e também do pólo criativo, tinha sido apresentado naquele espaço, pela organização, em Maio deste ano.

O pólo intitula-se FORA – Fórum de Observação e de Representação da Arquitectura – e foi criado este ano pela Trienal, com o objectivo de dinamizar e fomentar o debate, discussão e experimentação em torno da arquitectura.

No âmbito do concurso, foram seleccionados os projectos Angular, composto por estudantes de arquitectura que pretendem ligar o mundo académico à experiência profissional nesta área, e a Arqa, uma revista fundada em 2000, que cruza os domínios da arquitectura com o urbanismo, o design e a arte.

Ainda seleccionados foram a Caus, uma organização sem fins lucrativos criada em Macau em 2013 para promover a investigação, educação, produção e divulgação de conhecimento nas áreas da arquitectura, urbanismo, design e cultura urbana.

A KWY, também seleccionada, é uma plataforma multidisciplinar que investiga a natureza da colaboração no contexto de projectos em arte, arquitectura, curadoria e escrita; e o projecto Pont E9 vai dar início a novos programas em colaboração com entidades portuguesas, pelo que a integração no pólo potencia sinergias com a Trienal e restantes membros.

O colectivo Linhabranca faz a união entre o design industrial e a arquitectura em torno de objectos, espaços e serviços ditos "sem marca"; e o projecto Multidão é da responsabilidade da Osso – Associação Cultural, constituída por um grupo de artistas de várias áreas para desenvolver actividade sob o conceito de partilha artística interdisciplinar dentro de contextos regionais, nacionais e internacionais.

O colectivo Warehouse, também seleccionado, tem realizado projectos temporários e permanentes numa metodologia de processos de criação participativa onde o desenho e a construção são pensados e executados como um todo.

A Trienal de Arquitectura sublinha que o Fórum assenta no projecto de reabilitação do Palácio Sinel de Cordes, da autoria da arquitecta Margarida Grácio Nunes/ FSSMGN arquitectos, "numa abordagem que respeita a identidade e o legado da construção setecentista, bem como a sua relação com a envolvente".

De acordo com a entidade, os projectos culturais seleccionados nesta primeira fase "representam transversalmente a arquitectura e cruzam-se com a disciplina de uma forma plural".

Em Maio, o presidente da Trienal, José Mateus, disse à agência Lusa que tinha a expectativa de que o projecto de recuperação do palácio esteja concluído até 2016, ano em que se realiza a quarta edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa.


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