Salvar a vida... à luz de Florbela

Matosinhos volta a receber a Festa da Poesia a 7 e 8 de Dezembro.

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Florbela Espanca morreu em Matosinhos há 84 anos

O programa está ainda a ser ultimado, mas o essencial está já definido: Matosinhos, a cidade onde Florbela Espanca (1894-1930) morreu faz no dia 8 de Dezembro 84 anos, vai ter mais uma edição da sua Festa da Poesia. A autora de Charneca em Flor continua a ser o pretexto, quando passam os 120 anos sobre o seu nascimento (em Vila Viçosa).

As novidades maiores da Festa, que decorre a 7 e 8 de Dezembro, serão a sua renovada actualização com as novas formas de comunicar a poesia, através de mais um poetry slam, em que participarão vários novos intérpretes da arte de dizer, entre os quais se destaca o nome de Alexandre Sá, vencedor do primeiro concurso do género realizado em Matosinhos, e segundo classificado no PortugalSlam que aconteceu em Junho passado, em Lisboa.

Para quem gosta de ler a poesia no suporte tradicional do papel, haverá uma nova antologia, Cem Poemas para Salvar a Nossa Vida, organizada por Francisco José Viegas, escritor, editor e ex-secretário de Estado da Cultura. O próprio fará a apresentação da edição, preparada expressamente para a Festa da Poesia de Matosinhos. Também Rui “GNR” Reininho vai apresentar o seu livro e CD Chá, café e etc., com poemas próprios e de outros autores, numa sessão também com música de Armando “Balla” (e ex-"Da Weasel") Teixeira.

Na cidade que anualmente também acolhe outra festa da palavra – o Literatura em Viagem, nascido em 2007, dois anos depois da Festa da Poesia –,o casamento da poesia com a música acontecerá igualmente no espectáculo Poesia no Quarto Escuro, que “apela ao poder da palavra, potenciando-o pela via sensorial”, promete a organização. Adolfo Luxúria Canibal, Capicua e Daniel Jonas são três nomes já confirmados para este serão.

O programa da Festa da Poesia vai estar centrado na Biblioteca Municipal Florbela Espanca, estendendo-se a outros espaços menos prováveis da cidade, como lares e até prisões... À procura da libertação – ou, pelo menos, de “salvar a vida” pela poesia.

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