Reunião do conselho de administração do Museu Berardo adiada uma semana

O coleccionador e empresário Joe Berardo decidiu nesta quarta-feira adiar uma semana a reunião do conselho de administração da Fundação do Museu Colecção Berardo por ainda não estar formalizada a representação do Centro Cultural de Belém (CCB) na entidade.

A reunião do conselho de administração (CA) da Fundação, a primeira deste ano e já com os novos representantes do Estado e do CCB, estava marcada para o final da tarde de hoje.

“Como não estava presente a representante do CCB no conselho (Dalila Rodrigues), decidi adiar a reunião para a sexta-feira da próxima semana”, afirmou o presidente do CA, Joe Berardo, à Agência Lusa.

O coleccionador comentou que a administração do CCB foi alvo de mudanças muito recentes -- o escritor Vasco Graça Moura substituiu na segunda-feira António Mega Ferreira, que presidia à Fundação CCB -- e ainda não está devidamente formalizada a substituição do representante do CCB no CA da Fundação Berardo.

A Fundação Berardo, que gere o museu com o acervo de arte moderna e contemporânea cedido pelo coleccionador ao Estado num acordo até 2016, possui representantes de ambas as partes no CA.

Em Dezembro de 2011, a Secretaria de Estado da Cultura substituiu António Vitorino e Fernando Freire de Sousa no CA da Fundação e nomeou nos seus lugares o jurista João Barros e Ana Isabel Trigo de Morais, esta última escolhida por mútuo acordo entre as partes.

Joe Berardo mantêm no CA como seus representantes o filho, Renato Berardo, e o advogado, André Luís Gomes.

A historiadora Dalila Rodrigues foi nomeada para o CCB no lugar da arquitecta Margarida Veiga, e representa aquela fundação no CA da Fundação Berardo.

“Também não havia nada assim tão urgente para resolver”, comentou Berardo à Agência Lusa, sem adiantar mais pormenores.

Contactada pela Agência Lusa, fonte do secretário de Estado da Cultura indicou que Dalila Rodrigues só entrará em funções a 1 de Fevereiro.

O acordo de dez anos, assinado em 2006 pela então ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e Joe Berardo, destinou-se a criar um museu com 862 peças de arte moderna e contemporânea avaliadas na altura em 316 milhões de euros.

A Fundação Berardo sofreu este ano um corte de 15% no apoio do Estado, e o mesmo aconteceu com a Casa da Música, no Porto, com um corte de 20%.

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