Quinze horas de festa

O 85.º aniversário do Rivoli começa com um programa para as famílias e acaba debaixo do palco.

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O coreógrafo Marco da Silva Ferreira estreia Brother nos 85 anos do Rivoli NELSON GARRIDO

Para festejar os seus 85 anos, o Rivoli preparou uma sucessão de acontecimentos cuja abrangência é o espelho do que têm sido os últimos dois anos do núcleo central do Teatro Municipal do Porto – a endurance que é pedida ao público nestas 15 horas de festa também corresponde mais ou menos àquela que os espectadores têm demonstrado desde que o teatro reabriu (e ao frenesim de uma agenda que a cidade parece ter incorporado sem grandes dificuldades).

Ao todo, são 115 os artistas envolvidos nesta maratona non-stop que inclui sete espectáculos, quatro concertos, duas instalações, uma exposição e uma festa (de garagem, quase podemos dizer). O programa começa às 11h, com pequenos espectáculos que o Rivoli convidou Nuno Preto, Elisabeth Lambeck, Catarina Lacerda & Susana Madeira e a associação Sonoscopia a disseminarem pelos vários espaços do teatro, à atenção do público familiar; pela tarde, a mesma fórmula mas desta vez à atenção de um público mais adulto, que poderá por exemplo encontrar o escritor Valter Hugo Mãe no WC dos homens. Mas o concerto em que Joana Gama, Luís Fernandes e Ricardo Jacinto revisitam Erik Satie (18h30), a estreia de Brother, nova criação do coreógrafo Marco da Silva Ferreira (21h30), e o encontro no Sub-palco do percussionista Tiago Pereira com os Sensible Soccers e o Grupo de Percussão de Valhelhas (23h30) serão, imaginamos, os blockbusters da festa de anos do Rivoli.

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