Pronúncia do Norte

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Legacy, o toucador de duas peças que evoca ?o romantismo do Douro. Réplica de azulejos do século XVII, produzidos pela Viúva Lamego, e madeira de sucupira folheada a pau-ferro. Interiores forrados a tecido de cortiça de cor azul. Desenhado por David Reis para Insane.
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Este toucador é série numerada e limitada a 30 unidades
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Echo, mesa em que a base ondulada, que sugere a topografia das margens do rio, consiste na justaposição de duas chapas metálicas; uma lacada a branco e a outra dourada. Um espelho na base deste volume cria uma ambiguidade de reflexos. Desenhada por João Abrantes para a Insane. Série numerada limitada a 30 unidades
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Eleanor, toucador que remete para uma imagem feminina da região do Douro. Estrutura em madeira folheada a pau-rosa e a tecido de cortiça. Pés em porcelana pintada à mão. Desenhado por Gael Yoann Berlenbach.
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Este toucador é série numerada limitada a 30 unidades
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Cask, espelho inspirado nos movimentos das pipas de vinho do Porto que seguiam nos barcos Rabelo. Madeira folheada a ouro ou cobre. Pode ainda ser lacada a preto. Desenhado por Marco Sousa, para a Bat Eye
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Fairytale, um tributo ao trabalho do ferreiro, espalhado pelas pontes e arquitectura da cidade, em forma de um luxuoso bar. O aço forjado e banhado a ouro de 24k envolve e sustém uma caixa revestida a azulejo pintado à mão e com interior estofado a tecido.
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Fairytale foi desenhado por Marco Sousa, para a Bat Eye
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Heritage, aparador. É a herança do azulejo português, usado na arquitectura espalhada por todas as cidades portuguesas. Aqui, pintado à mão e multiplicado em várias cenas. O interior em bronze polido esconde duas gavetas folheadas a ouro. Edição limitada da Boca do Lobo
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Newton, mesa de refeições. Esferas em bronze na base e esferas em raiz de nogueira no tampo, todas com acabamento a verniz de alto brilho. Edição limitada da Boca do Lobo
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Pormenor da mesa Newton
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Reflection, consola que reflecte a luminosidade do rio Douro. Em madeira de jacarandá, em que um banho de prata é ainda lacado em gradiantes de azul. Desenhada por Marco Sousa, para a Bat Eye
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Pormenor da Reflection
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Silhouette, aparador que também usa o skyline da cidade (do Porto) na junção de volumes de diferentes tamanhos e materiais, como pau-rosa, pau-ferro e azulejo pintado à mão, assentes sobre uma base em aço inox. Desenhada por Marco Sousa, para a Bat Eye
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Pormenor do Silhouette
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D. Manuel, armário em mogno integralmente revestido a folha de cobre acabada a verniz de alto brilho. O volume é inspirado no skyline da cidade. A base recria o estilo manuelino, onde a madeira torneada, folheada a cobre, é escurecida com lacagem de verniz preto translúcido. Edição limitada da Boca do Lobo
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Pixel, móvel constituído por 1088 triângulos de madeira com os mais diversos acabamentos; folha de prata, folha de ouro, folha de vários tipos de madeiras nobres e lacados coloridos. As portas, estofadas no interior com seda azul, abrem-se para um interior todo forrado a espelho envelhecido e os puxadores das gavetas são em ouro. A base é em bronze polido. Edição limitada da Boca do Lobo

Vêm do Norte e sopram o design com ventos de uma outra linguagem. Não são objectos do dia-a-dia, antes querem sair fora dele. Os seus autores falam de luxo e emoções e orgulham-se em situar-se numa fronteira que separa (ou une) o design e a arte. Não é um discurso ideológico, nem funcionalista. Não têm uma intenção democratizadora, nem tão-pouco se inscrevem nas linhas de um desenho contemporâneo, mais depurado. Não limitam os custos para produzir as peças com que pretendem seduzir o mundo. E entenda-se o mundo que vai do Dubai, onde estão alguns clientes da Bat Eye (Porto), aos cenários do filme As 50 Sombras de Grey, para onde a Boca do Lobo (Rio Tinto) enviou adereços, ou mesmo a ruralidade da região do Douro traduzida em modo sofisticado pela Insane (Porto). As cidades e o território são temas-chave que inspiram estas marcas e os seus designers numa procura de peças que traduzam o seu carácter genuíno e diferenciado.

São peças de edições limitadas e limitadas a um número pequeno da população. Simbolizam valores como a herança, o património, o sentido de pertença e evidenciam memórias e tradições. Utilizam materiais tão genuinamente portugueses como a cortiça, o azulejo e combinam-nos com as madeiras mais nobres como o pau-santo, pau-rosa e não se inibem de folhear a ouro um metal forjado pelas mãos de artífices experientes. Apelam à provocação, ao estímulo, à sedução — numa aproximação a uma relação quase erótica que se estabelece com estes objectos. É esta a intenção, manifestada até ao detalhe do puxador que abre uma pequena gaveta inteiramente folheada de um material como o cobre ou integralmente feita em madeira nobre, escondida atrás de uma porta com ares de entrada no mundo secreto da fantasia, o mundo guardado que se quer explorar.

São objectos que se baseiam na curiosidade, em que a atracção pela matéria e pela forma se apresenta como um convite para percorrer toda a sua superfície e explorar o seu interior. É uma viagem ao mundo da materialidade revelada no seu esplendor, aliada frequentemente à combinação da riqueza do trabalho artesanal com o rigor das novas tecnologias.

Gostos discutem-se e bem, mas a curiosidade engata-nos a todos pelo olhar, na infalível atracção pelo excêntrico.

Mais em: http://www.bateye.com
http://www.bocadolobo.com
http://www.insane.luxury

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