Outras electrónicas em Braga com Nakamoto ou Oren Ambarchi

O cartaz do festival Semibreve, que acontece no final de Outubro em Braga, ganha forma com figuras das electrónicas mais exploratórias como o músico e artista japonês Takami Nakamoto.

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Takami Nakamoto, músico e artista visual, estrear-se-á em Portugal acompanhado do baterista Sebastien Benoits DR

Nos últimos anos o festival Semibreve de Braga, dedicado às músicas electrónicas mais exploratórias, afirmou-se definitivamente em Portugal e internacionalmente vai ganhando cada vez mais visibilidade. Uma programação exigente, a atracção do centro histórico de Braga e o espaço monumental do Theatro Circo são algumas das variáveis que ajudam a explicar o sucedido.

Em 2015, de 30 de Outubro a 1 de Novembro, na sua quinta edição, não deverá ser diferente. Em termos de programação começa a desenhar-se o cenário final, apesar de ainda não se conhecer o programa de instalações artísticas e quatro nomes para concertos, para lá dos que se ficaram a conhecer esta sexta.

É o caso do japonês Takami Nakamoto, músico e excelente artista visual, que se estreará em Portugal acompanhado do baterista Sebastien Benoits, para apresentarem Reflections, um espectáculo que estrearam em Maio, no festival canadiano Mutek, um dos mais revelantes das artes e músicas digitais. Outra estreia em solo português será a do sueco Peder Mannerfelt, membro do projecto Roll The Dice, colaborador de Fever Ray, e também conhecido por The Subliminal Kid, enquanto praticante do tecno mais obscuro.

De volta a Portugal estará o australiano Oren Ambarchi, conhecido guitarrista e percussionista electrónico vocacionado para transcender abordagens convencionais, como é audível nos seus vários discos a solo, mas essencialmente ao vivo, com a sua guitarra eléctrica a desenvolver novas configurações harmónicas.

Inglês, mas a residir em Berlim, Steven Warwick, mais conhecido pela designação Heatsick é outra das confirmações, fazendo electrónica tão lúdica quanto bem-humorada e de sensibilidade experimental, recorrendo a teclados ou a pedais de guitarra.

De Detroit, a cidade do tecno, virá o enigmático Dopplereffekt, projecto activo desde a década de 1990, e de Inglaterra, Klara Lewis, para uma sessão de paisagens ruidosas e misteriosas. Por sua vez o histórico músico alemão Roedelius, importante figura das músicas experimentais e ambientais de cariz electrónico, e co-fundador dos grupos Cluster e Harmonia, colaborará com um grupo de músicos portugueses para celebrar o seu 80º aniversário.

Com menos 58 anos que o alemão, o inglês Sebastian Gainsborough, ou seja Vessel, possui a mesma apetência por desbravar novos caminhos electrónicos como se irá constatar com a ajuda – nas imagens – do português Pedro Maia, com quem já trabalhou no passado recente. Como já se percebeu este é um festival que dá primazia ao cruzamento de artistas emergentes com outros de percurso consolidado ou mesmo algumas figuras pioneiras, autores de música que continua a servir de influência para as novas gerações.

Para além do Theatro Circo, haverá espectáculos no espaço GNRation e na Casa Rolão, num total de 12 concertos e 12 instalações artísticas que procuram reflectir o que se passa no domínio das novas tecnologias aplicadas às artes digitais.

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