Há uns dias soubemos que os Jesus & Mary Chain regressarão a Lisboa, ao NOS Alive, no dia 11 de Julho de 2015, com um propósito definido: reinterpretar o clássico Psychocandy, editado em 1985 e um dos álbuns mais influentes da década. Esta quinta-feira recebemos a notícia de que outros históricos farão a música ao vivo do nosso 2015. Os reunidos Ride, nome fulcral do shoegaze, foram confirmados para o NOS Primavera Sound, no Porto, onde actuarão a 6 de Junho.

Formados em 1988, despediram-se em 1996, depois de editarem Nowhere (1990) ou Going Blank Again (1992), os álbuns mais recordados, perfeitamente equilibrados entre descarga sónica violenta e um apurado sentido pop. Carnival of Light, em 1994, marcou uma mudança, com a banda a recuar ao psicadelismo da década de 1960 como inspiração – não por acaso, o álbum contava com a presença de Jon Lord, o teclista dos Deep Purple falecido em 2012, em Moonlight medicine, e nele estava incluída uma versão de How does it feel to feel?, original dos Creation, banda de culto daquele período. Tarantula, editado em 1996 e gravado num crescente clima de tensão, motivado por divergências criativas entre as duas figuras principais da banda, Mark Gardener e Andy Bell, seria o álbum de despedida.

Gardener e Bell iniciaram depois percursos distintos. O primeiro criaria os discretos Animalhouse antes de se lançar numa também discreta carreira a solo. O segundo criou os Hurricane #1 e tornar-se-ia, depois da dissolução destes, baixista dos Oasis e, posteriormente, dos Beady Eye de Liam Gallagher.

Em Novembro deste ano, a banda anunciou que se reuniria em 2015 para uma série de concertos na Europa e nos Estados Unidos da América. Depois de Patti Smith, os Ride são o segundo nome anunciado para o NOS Primavera Sound.