Os críticos de Nova Iorque preferem “O Artista”

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"O Artista" é apontado como um dos candidatos para os Óscares DR

O ano ainda não acabou e ainda existem filmes para ver mas os críticos norte-americanos já começaram a fazer as suas listas dos melhores de 2011. Na terça-feira, os críticos de Nova-Iorque deram a conhecer a sua escolha, premiando o filme francês "O Artista", de Michel Hazanavicius, e homenageando Raúl Ruiz.

Rodado a preto e branco e como um filme mudo, recriando o cinema de uma era, os anos 20, venceu o prémio de melhor filme e melhor realizador entregue pela NYFCC (New York Film Critics Circle), que iniciam a temporada de prémios da crítica norte-americana. Uma história sobre a transição do cinema mudo para o falado em Hollywood no final da década de 1920, mostrando o impacto que essa evolução teve na vida de um actor, é protagonizado Jean Dujardin e Berenice Bejo, e valeu a Dujardin o prémio de melhor actor no Festival de Cinema de Cannes, onde o filme estreou. Desde essa altura, "O Artista" tem-se destacado nos festivais de cinema, destacando-se para já na corrida aos Óscares.

O realizador Raúl Ruiz, que morreu em Agosto, aos 70 anos, foi distinguido com um prémio especial pelo seu trabalho no cinema, poucos meses depois da estreia de "Mistérios de Lisboa" nos Estados Unidos.

Brad Pitt foi eleito o melhor actor pelos seus papéis em "A Árvore da Vida" e "Moneyball", enquanto Meryl Streep foi distinguida com o prémio de melhor actriz no filme "The Iron Lady", onde dá vida a à primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Esta foi a quarta vez que a actriz foi escolhida pela crítica nova-iorquina e a primeira de Brad Pitt.

O prémio de melhor actriz secundária foi entregue a Jessica Chastain pela sua prestação em três filmes este ano: "A Árvore da Vida", "The Help" e "Take Shelter". O veterano Albert Brooks foi premiado na categoria de melhor actor secundário pelo papel em "Drive".

"Moneyball" recebeu ainda o prémio de melhor argumento para Steven Zaillian e Aaron Sorkin por Moneyball e " A Arvora da Vida", apontado como um possível candidato aos Óscares, foi ainda premiado na categoria de melhor fotografia para Emmanuel Lubezki.

"Cave of Forgotten Dreams", de Werner Herzog, foi distinguido como o melhor documentário e "A Separation", de Asghar Farhadi, venceu o prémio de melhor filme estrangeiro. O galardão de melhor primeiro filme foi para o norte-americano J.C. Chandor por "Margin Call".

O New York Film Critics Circle é uma organização que tem como objectivo homenagear e premiar o que de melhor se faz no cinema. Fundada em 1935, fazem parte da organização críticos de jornais diários, semanários, revistas e importantes publicações da área.

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