O craque da crónica brasileira

Joaquim Ferreira dos Santos diz que “o Rio não entende o Rio, acha que isso aqui é só sal, sol e Sul”.

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Joaquim Ferreira dos Santos tem o pé na rua. Costuma dizer que “ganha a vida descrevendo o que vê de mais interessante nas calçadas”. É um andarilho, um contador de histórias e o seu reportório é o Rio de Janeiro, cidade onde vive, fundada há 450 anos e dos quais o repórter conhece os últimos 64.

É um carioca de gema com um nome bem português. E mora na Rua Vinicius de Moraes, em Ipanema — a antiga Rua Montenegro, famosa porque foi ali, há 50 e tal anos, num botequim lá na esquina, que Tom Jobim e Vinicius de Moraes viram passar uma garota chamada Heloísa, aquela “que vem e que passa no doce balanço a caminho do mar”, e fizeram a canção Garota de Ipanema. Quando se sobe até à cobertura onde o escritor vive, há um letreiro na porta onde se lê que a Confraria do Garoto, a mais carioca das entidades, lhe conferiu o título de Cavaleiro dos Eméritos Cariocas da Gema em 2005.

Mais uma prova que estamos perante um especialista em carioquice, um craque da crónica brasileira que assina todas as segundas-feiras uma coluna nas páginas do jornal O Globo, onde também manteve durante anos a rubrica de pequenas notícias Gente Boa. É ainda apresentador da rádio Batuta, a rádio na Internet do Instituto Moreira Salles, onde tem feito uma série de especiais, como Rio 450 — Crônicas Musicais.

Criada em 1974, a Confraria do Garoto tem como objectivo preservar a cultura, as tradições e a irreverência carioca e promover todas as sextas-feiras 13, dias de azar, uma grande festa onde se juntam as personagens mais díspares. “O Rio de Janeiro é essa convivência de opostos, de vários níveis sociais, muito por causa da praia, da proximidade dos morros, do culto ao samba. E dessas manifestações de cultura popular, de que a cidade gosta porque reconhece, sem preconceito, valor nelas”, explica Joaquim Ferreira dos Santos à Revista 2. Está a referir-se, por exemplo, ao baile funk no viaduto de Madureira (onde vai às vezes) e a certos botequins à moda antiga que ainda resistem abertos na cidade.

“Essa mistura, o jornalismo me deu. Você frequenta diversos salões como se todos fossem iguais. Ter a percepção de que ir no botequim na Zona Norte é a mesma coisa que ir no Copacabana Palace ou na cobertura do escritor Rubem Braga.”

Joaquim recorda-se daquele dia em que as suas filhas, ainda pequenas, foram almoçar com ele no restaurante Bar Brasil, na Lapa. “É um restaurante típico, toalha de papel, azulejo, aquela informalidade carioca mas com uma comida óptima. Fomos com uma amiga delas e, quando saímos, percebi que estavam ‘putas’ comigo porque sempre que saíam com o pai dessa amiga iam no Antiquarius [um restaurante português chique do Rio]. Estavam julgando, essa coisa de garoto, pela aparência do restaurante. Hoje lembram essa história e riem.”

Apesar de conhecer Copacabana de muitos Carnavais, Joaquim tem no seu guarda-roupa um boné de Portugal. A explicação? O seu pai era português. A sua mãe, uma brasileira, filha de portugueses. E todos os seus avós nasceram em Portugal. “Era um garoto do subúrbio do Rio e a história da minha família é essa: são comerciantes portugueses que vêm de Portugal, geralmente de Trás-os-Montes, gente pobre sem muitas condições. Os pais da minha mãe eram do Porto. Estavam no comércio de ‘secos e molhados’. Você conhece a expressão: ‘secos e molhados’? ‘Secos e molhados’ quer dizer armazém, mercearia, com uma parte dos secos — arroz, feijão, essas coisas — e outra dos molhados — a parte de bebidas. Minha família tinha esses armazéns na Zona Norte do Rio. Nasci e cresci em Vila da Penha, um subúrbio do Rio na Zona Norte perto de Madureira, Irajá”, conta.

Baixa-gastronomia

Por isso, Joaquim sabe bem o que é comer tremoços ao almoço e o cheiro do sarrabulho aos domingos. “Era comida da minha casa. Muito bacalhau… A minha mãe cozinhava aquelas sopas de legumes, fígados, era uma gastronomia que tinha essa mistura de comida portuguesa com comida não sei de que origem. Mais tarde, quando escrevia no jornal cunhei a expressão ‘baixa-gastronomia’. Essa é uma coisa que gosto que se diga porque fui eu mesmo.”

E de que comida se trata? “Comida popular que tem fartura de gordura e não tem um aparente requinte. É voltada para o prazer, para o gosto. Não é uma comida para se comer em culto aos bons modos, é para se comer para satisfação, para ficar pleno, farto. É um tipo de comida popular, barata e que foi desaparecendo.”

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Joaquim Ferreira dos Santos: um carioca de gema com um nome bem português

Não só desapareceu por completo da casa das pessoas — ninguém faz mais esse tipo de comida em casa porque é uma comida que engorda e pode trazer problemas de colesterol —, como dos restaurantes. “Não ficou ligada à sofisticação. As pessoas vão aos restaurantes também para colar esse requisito de sofisticação nelas e esses restaurantes vão fechando.”

Os estabelecimentos a que Joaquim se refere, e que entretanto fecharam, eram todos no centro do Rio de Janeiro. Lembra, por exemplo, o Penafiel, um restaurante de comida portuguesa. O Ficha, um restaurante de comida alemã. A Lisboeta, no Campo de Santana, onde havia isca de fígado. “Eu adorava isca de fígado, [hoje] você não encontra um restaurante que venda”, lamenta.

No entanto, talvez o leitor ainda encontre o prato no tradicional La Fiorentina, no Leme. Isto porque o dono fez uma homenagem ao cronista e incluiu fígado na ementa. Joaquim Ferreira dos Santos aceitou a homenagem mas colocou como condição escolher o prato. Disse ao dono: “‘Você me homenageia, coloca esse prato e fica à vontade de se não der certo você tirar do cardápio. Porque gosto de comer isso e não tem mais em restaurante nenhum.’ Então está lá: é um bife de fígado acebolado com jiló [legume conhecido pelo seu gosto amargo]. Ele diz que faz sucesso, de vez em quando vou lá ‘checar’ e está lá.”

Palavra-puxa-palavra

Joaquim nunca teve carro. Por isso anda. Tem um grande conhecimento da cidade do Rio de Janeiro porque nasceu no subúrbio, trabalhou no centro da cidade e foi morar na Zona Sul, de classe média-alta. “Eu ia nos lugares da Zona Norte porque nasci lá e conheço aquilo. Ia nos lugares do centro, pautado pela reportagem do jornal e, mais tarde, viver na Zona Sul me deu a vivência de um outro lugar. Hoje as pessoas não conhecem a cidade. Moram em condomínios e, por questões de mobilidade, se prendem no seu bairro. O Morro do Pinto é um morro que está no centro da cidade e que a cidade desconhece totalmente. No entanto, é fascinante. É um lugar inteiramente urbanizado, tem uma vista da cidade incrível, tem uns lugares para comer legais e tem as referências da cidade. E é bom para andar”, diz.

Por isso na crónica “O morro da Jules Rimet” publicada n’ O Globo, a 30 de Junho de 2014, escrevia: “O Morro do Pinto é um daqueles paraísos que o carioca desperdiça diariamente, preguiçoso de sair do seu quarteirão e descobrir que a cidade é maravilhosa não só por causa das curvas do Aterro, das curvas das garotas e das curvas das pedrinhas no calçadão. O Rio não entende o Rio, acha que isso aqui é só sal, sol e Sul. Faz a curva no fim do calçadão do Leblon e volta para casa, crente que viu tudo o que interessa. Troto ladeira acima do Morro do Pinto, vizinho do Morro da Conceição e da Providência, feliz como cabrito que foge do zôo congestionado das calçadas da Zona Sul. (…) Os mais viajados vão achar que estão subindo as ladeiras da Alfama, o bairro de Lisboa — e há bandeiras de Portugal nas janelas, memória evidente de que antes de Getúlio, antes do Escurinho, o Morro do Pinto foi ocupado pelos portugueses no século XVIII. Eu, com menos milhagens, acho que estou de volta ao subúrbio, a uma foto do Malta ou a um maxixe do Sinhô. ‘Isso aqui é o melhor lugar do Rio para se criar marreco’ — diz um morador, numa tradução ao carioquês de que ali há paz.”

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A praia de Ipanema pela lente do cronista que também gosta de fotografar

Afirma que a cidade onde vive não é só o Calçadão: não é ir-se do Arpoador até ao Leblon, voltar atrás e achar-se que a cidade está vista. A sua cidade é mais ampla, com coisas mais interessantes, bonitas e até folclóricas. “Nesses lugares descobre-se o que se quiser descobrir. Por exemplo, Ernesto Nazareth nasceu nas fraldas do Morro do Pinto. Era um pianista, talvez o primeiro nome da Música Popular Brasileira. Já ali, em 1870, está tocando piano. Mas um piano sincopado com balanço, uma coisa já misturada com a cultura negra. Então começa a surgir uma música brasileira de choros e de lá, lá, lá…”, cantarola.

Andar pela cidade é também um truque de cronista. “Como a conheço bem, sou capaz de me colocar em cada esquina. De a impregnar com um valor de memória. Através daquela esquina, sei de uma história que ou aconteceu comigo ou aconteceu com outra pessoa, e vou preenchendo isso no texto. Aí vem embutido outro truque que é o ‘palavra-puxa-palavra’ do Rubem Braga. Você acaba de ler uma crónica do Rubem Braga e sobre o que é que ele escreveu? Não tem nada ali de factual, como aquela crónica célebre do nadador…”

Refere-se àquela crónica “Homem no mar”, que integrou no livro As Cem Melhores Crônicas Brasileiras, com organização e introdução sua, editado pela Objetiva. Lembra que Braga começa essa crónica dizendo que da sua varanda vê, entre árvores e telhados, o mar e que ao longe percebe um movimento num ponto do mar. “É o nadador passando em Ipanema e ele está olhando da sua cobertura. Só isso. Só que Rubem vai puxando, vai botando uma palavra, depois outra, e, de repente, está pronto e com sabor, com gosto, com papo. As boas palavras vão-se associando, pegando carona, e temos uma crónica que tem esse espírito de leveza, de descompromisso, de conversa, sem discurso.”

“Ser cronista é isso”, acrescenta, “tentar dar a essa esquina um sentido maior. É a esquina dele mas sem o umbigo dele. É fazer com que você reconheça essa esquina em qualquer lugar, que a crónica faça sentido a uma pessoa de Lisboa. Muitas vezes quem escreve crónicas confunde as coisas. Fala do umbigo, do acontecimento em torno da sua vidinha mas é só uma viagem narcísica. De maneira que não interessa a ninguém, interessa no máximo ao diário dessa pessoa. Mas uma crónica do Rubem Braga é universal.”

“Saí de perto”

Chegou a conhecê-lo. “Uma vez só. Eu era repórter do Jornal do Brasil, foi no aniversário de 60 anos do Hélio Pellegrino, um psicanalista da turma dele que é a de [os escritores] Otto Lara Resende, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos.” Foi fazer a reportagem da festa. Era o único repórter. “Rubem Braga ficou num canto, era muito fechado. Fernando Sabino me pega e leva lá para ele dizer alguma coisa para o jornal. Pergunto sobre o aniversariante: ‘Escreve aí que esse psicanalista é um grande maluco.’ Só falou isso e eu saí de perto.”

Em 2013, Joaquim Ferreira dos Santos fez a curadoria da exposição Rubem Braga — O Fazendeiro do Ar no Museu da Língua Portuguesa, em S. Paulo. Por causa dessa curadoria, Joaquim passou algum tempo na famosa penthouse do escritor onde a família ainda mora. “Ia para mexer nas coisas, em documentos e fotos. Ele fotografava mulheres com Rolleiflex e era um bom fotógrafo. Essa cobertura é mitológica porque era de porta aberta, os amigos chegavam, ficavam bebendo. Rubem Braga deitava na rede, dormia e as pessoas ficavam. Era uma referência de ponto de encontro literário na cidade.”

No entanto, Joaquim nunca escreveu a biografia do autor de Ai de ti, Copacabana. Mas é o autor de várias biografias como Um Homem Chamado Maria (ed. Objetiva) sobre a vida do compositor de samba-canção Antônio Maria ou Leila Diniz — Uma Revolução na Praia (ed. Companhia das Letras) sobre a actriz brasileira que nos anos 1970 se deixou fotografar grávida na praia de biquíni e “o país nunca mais foi o mesmo”. Agora está a trabalhar na biografia do jornalista e colunista Zózimo Barrozo do Amaral (1941-1997) que noutros tempos teve nos jornais uma coluna parecida com a sua Gente Boa.

A determinada altura pediram-lhe que escrevesse um livro sobre Aída Curi, uma jovem que em 1958 sofreu uma tentativa de violação sexual. “Ela foi levada para o alto de um edifício em Copacabana, houve essa tentativa de curra de três camaradas, e é jogada ou cai lá de cima”, explica. Recusou-se a fazê-lo porque na época trabalhava num jornal popular e achou que poderia ficar estigmatizado por se tratar de um assunto de polícia e de crime. Mas ao analisar o projecto percebeu que aquele era o único acontecimento “ruim” de 1958. “O resto era só felicidade: a bossa-nova, o Brasil campeão do mundo. Era o ano de um Brasil antigo se despedindo e de um Brasil moderno se apresentando. O ano em que a chanchada, a comédia popular brasileira, ainda está em cartaz com muitos títulos mas em que o cinema novo, com Nelson Pereira, já começa. O ano em que o teatro de revista, onde as vedetes se apresentavam, ainda estava fazendo sucesso mas também o ano em que José Celso estreia o Teatro Oficina. Um Brasil cordial, um Brasil que está se transformando mas sem conflito, sem ruptura, vai passando. Um Brasil rural mas também um Brasil que lança o primeiro carro produzido totalmente no país.”

Também a Miss Brasil desse ano, Adalgisa, foi diferente. “Era uma mulher que em vez de passar Pancake nas pernas para tirar as estrias e marcas — era como se fosse um pó de arroz para se ficar com pernas de porcelana — passou óleo Johnson. Ficou sensual, era o contrário da Miss tradicional.” Assim nasceu o seu livro mais famoso: Feliz 1958 — O Ano Que não Devia Acabar que entrou no top dos livros mais vendidos de não ficção da Veja. “Um livro sobre um ano que não devia ter terminado, devia ter continuado porque seria o Brasil dos sonhos se não houvesse o golpe de 1964. O livro é um perfil de 1958, o ano que deu.”

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Casal na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) Joaquim Ferreira dos Santos

Mulheres que chutam o balde

Há um lado de Joaquim Ferreira dos Santos do qual não se fala muito. O gosto de fotografar. Como é visível na sua sala, repleta de fotografias, tiradas em inúmeras viagens. “Não sou de muita competência tecnológica. Gosto é de captar a imagem, fazer com que ela fique deslocada do contexto para que você não entenda direito o que é. Mas tem sempre esse troço da moda, da mulher que é o meu início na fotografia. Havia um fotógrafo, o Franco Robertelli, que fotografava a manequim Verushka e eu pedia às minhas irmãs para posarem como ela”, conta.

Agora quer fazer uma exposição a partir do livro Minhas Amigas — Retratos Afectivos (ed. Objetiva), onde conta histórias de amigas que “chutam o balde”, são cheias de novidades mas precisam de um homem que lhes mate as baratas na sala. “É curioso saber o que é que um cara que passou a vida escrevendo faz fotografando, essa curiosidade mobiliza as pessoas e me dá umas paredes para expor pela cidade.”

Assim Joaquim Ferreira dos Santos junta à cidade outro dos seus temas preferidos: a mulher brasileira — outro dos seus livros de crónicas chama-se O Que as Mulheres Procuram na Bolsa (ed. Record), porque sabe que quando elas começam a procurar coisas dentro das bolsas enormes não estão a procurar as chaves.

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Lilian Sapucahi, namorada do cronista, em Búzios Joaquim Ferreira dos Santos

Numa das suas mais recentes crónicas, “Morro da Babilônia, publicada n ‘O Globo a 23 de Março, num instante faz o retrato de uma das actrizes da telenovela Babilônia, Camila Pitanga, e do local onde a série da Rede Globo, que passa actualmente em Portugal na SIC, está a ser rodada. Começa assim: “Camila Pitanga na garupa da moto, um espetáculo que não vai ao ar nem depois nem antes do ‘Jornal Nacional’. Ela tem cruzado por aqui sem tirar qualquer onda, porque de ondulada já lhe basta a cabeleira que vai ao vento. Camila pega a Ladeira Ary Barroso, passa pela casa do próprio, reformada recentemente com uma arquitetura contemporânea, no meio da mata. Adiante tem o Bar Point da Amizade, onde está tocando Te ensinei certim, da Ludmilla. Na esquina, na quadra da Fapec, Camila poderia pegar à direita. Ir para o Morro do Chapéu Mangueira, onde brilha a casa de sua madrasta, a senadora Benedita. Hoje não. Camila dobra à esquerda. Vai gravar uma cena no Morro da Babilônia. Esse é o morro do momento, o real, aquele que na ficção deu nome à novela. Em 1959 serviu de cenário para Orfeu Negro, Oscar de filme estrangeiro para o diretor francês Marcel Camus. Depois foi documentário de Eduardo Coutinho. É um morro da Zona Sul. Tia Ciata não esteve aqui. O ídolo é Junior Negão, do beach soccer, ex-morador. Um morro que não dá samba, mas seu nome sugestivo inspira outras artes. Ele fica escondido no Leme, atrás da muralha de edifícios da Avenida Atlântica, atrás ainda dos paredões de outros tantos das ruas Gustavo Sampaio e General Ribeiro da Costa. Não adianta procurar no Google Maps. Diz que é na Urca.”

Quando os leitores lhe dizem: “Gosto muito de ler as suas crónicas porque dá uma sensação que escreveu com facilidade”, não sabem o tempo que demorou a conseguir essa impressão. Diz que a crónica é isso também: uma falsa facilidade. “A esperança do cronista é estabelecer uma conversa. Não é um lugar de exercícios de estilo, de vanguardas, você quer é conversar com as pessoas. Era isso que Fernando Sabino fazia através dos diálogos, que Rubem Braga fazia através das referências da natureza e poéticas e que Paulo Mendes Campos fazia numa aproximação mais literária. O Drummond era um cronista mais quotidiano, escrevia sobre Copacabana, sobre as mulheres. Essa é a graça da crónica, escrever-se sobre coisas próximas, que você reconheça. Não sou capaz de me sentar sem assunto e escrever um livro. As minhas crónicas têm por base a reportagem, são histórias que conheço tratadas de um jeito mais literário.” São histórias que dão à sua esquina um sentido maior.

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