Morreu Mohamed Khan, um dos mais importantes realizadores do Egipto

Assinou 24 longas em que abordava temas sociais e a condição feminina da mulher no seu país.

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Mohamed Khan, um dos mais importantes realizadores do Egipto, morreu esta terça-feira no Cairo aos 74 anos. A sua carreira foi prolífica carreira e marcada por filmes com engajamento social.

Arauto da causa das mulheres e famoso por seus filmes que abordam questões sociais, Mohamed Khan é considerado pela crítica como um dos fundadores do cinema realista egípcio, que ajudou a construir ao longo de sua carreira, que começou nos anos 1980.

Khan morreu terça-feira de madrugada num hospital no Cairo na sequência de "problemas de saúde", noticiou o site do jornal estatal Al-Ahram. A AFP não conseguiu ainda contactar a sua família.

Nascido no Cairo em 1942 com mãe egípcia e pai paquistanês, Mohamed Khan foi educado no Reino Unido e trabalhou como assistente de realização no Líbano. Já no Egipto, acabaria por ser realizador de 24 longas-metragens, nas quais contou com os melhores actores e actrizes do país. Só obteve a nacionalidade egípcia em 2014, na sequência de um decreto presidencial porque até 2004, os filhos de  mãe egípcia e pai estrangeiro não podiam ter nacionalidade egípcia.

Apostando nas personagens femininas em filmes que denunciam a opressão da mulher egípcia, não hesitava em abordar os temas fracturantes da sociedade do seu país num trabalho que era aclamado pelo público e pelos críticos. Foi autor de L'épouse d'un homme important (1987) ou de La fille de l'usine (2013). 

 

Notícia corrigida às 16h23

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