Estrela maior do ballet clássico francês, a única a merecer o título de prima ballerina assoluta, Yvette Chauviré morreu esta quarta-feira à noite, aos 99 anos, comunicou a Ópera de Paris.

O director da Ópera de Paris, Stéphane Lissner, a directora da prestigiada companhia de dança residente, Aurélie Dupont, e toda a equipa da instituição lamentaram "o desaparecimento da estrela de dança Yvette Chauviré”, lê-se no comunicado publicado na página oficial da Ópera.

Chauiré começou a dançar aos dez anos na escola de dança da Ópera de Paris. Com apenas 15 anos, ingressou no corpo de ballet e iniciou a sua ascensão para o estrelato. É-lhe atribuído o título de primeira-bailarina em 1937 e nesse mesmo ano conquista a sua primeira aparição cinematográfica em A Morte do Cisne, de Jean Benoît-Lévy, baseado na obra de Paul Morand.

Foi em 31 de Dezembro de 1941, na primeira apresentação de Istar, de Serge Lifar, que se tornou a estrela da companhia. Teve inúmeras oportunidades para realizar tournées pelo mundo e soube aproveitá-las, motivo que a levou a interromper por diversas vezes o seu percurso na companhia de dança da ópera nacional francesa. Foi disputada pelos grandes coreógrafos da sua época e agraciada pelo Estado francês.

“A dança é uma forma de fé, de esperança. É uma aspiração, a necessidade de alcançar um mundo, uma atmosfera, uma condição que vos faz progredir, a busca da verdade”, acreditava Yvette Chauviré.