Madonna: as fotos ousadas, a polémica e o disco novo

Sempre que se prepara para lançar novo disco, Madonna começa a dar nas vistas. As fotos para a revista Interview já estão a dar que falar.

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As fotografias de Mert Alas e Marcus Piggott são imagens fetichistas, insinuantes, com decotes ousados, seios a descoberto e acessórios da casa Alexander McQueen DR
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Uma das capas da Interview DR
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Outra das capas da Interview
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Há coisas que nunca mudam. Nos anos 1980 Madonna foi uma das primeiras a perceber que a condição de celebridade estava a mudar. Já não era só necessário obter visibilidade. Era preciso ser transparente, revelar segredos, partilhar medos, prazeres e, por vezes, também o corpo.

É isso que todas as celebridades fazem hoje. É isso que ela continua a fazer também aos 56 anos. Agora foi através da edição de Dezembro da revista americana Interview, que foi para as bancas com três capas diferenciadas, com fotos de Madonna, registadas pelos fotógrafos Mert Alas e Marcus Piggott. São fotos fetichistas, insinuantes, com decotes ousados, seios a descoberto e acessórios da casa Alexander McQueen.

Nem de propósito, a 20 de Novembro, a cantora lançou mais um debate sobre a nudez na internet, escrevendo na rede social Twitter que não percebia porque é que os mamilos eram considerados provocadores e proibitivos, mas mostrar o rabo não. A afirmação surgiu no contexto da grande exposição mediática que tiveram as fotos da socialite Kim Kardashian para a revista Paper, nomeadamente uma delas em que surge a equilibrar uma taça de champanhe nas nádegas.

O flirt com a androginia, de qualquer forma, é um dos motivos do portfólio, tanto evocando o David Bowie num dos seus picos alienígenas, em O Homem que Veio do Espaço/The Man who Fell to Earth (1976, Nicolas Roeg), como o transsexual Candy Darling, uma das criaturas da Factory de Andy Warhol.

O ensaio fotográfico para a Interview, agora revelado, é acompanhado por uma entrevista realizada por David Blaine, ilusionista, artista e amigo de Madonna. Na conversa fala, como habitualmente, com abertura de tudo, da morte às drogas. “Experimentei tudo uma vez, mas assim que fiquei alterada passei o tempo a beber água para tirar aquilo do sistema”, conta ela acerca de uma das experiências. “[As drogas] dão a ilusão de nos aproximarmos de Deus mas no fim matam-nos”, diz.

Assumiu também que a ideia de morte se tornou uma obsessão a partir de determinada altura porque nunca se sabe quando vai chegar. “Por isso temos de fazer o máximo a toda a hora para tirarmos o máximo proveito da vida”, salientou.

A arte e o cinema também são abordados. Na arte revela-se admiradora do trabalho de Banksy ou do fotógrafo JR, dois artistas que começaram na rua. No cinema discorre sobre Disponível para Amar, de Wong Kar-Wai, O Último Ano em  Marienbad de Alan Resnais, sobre o realizador russo Andrei Tarkovsky, ou sobre o desempenho de Al Pacino na saga O Padrinho ou de Marlon Brando em O Último Tango em Paris.

Por norma as grandes exposições mediáticas antecedem o lançamento de novos discos e é isso que, ao que parece, está a suceder. Esta segunda-feira foram parar à internet duas canções inéditas da cantora (Rebel heart, co-produzida pelo DJ e produtor Avicii, e Wash all over me) que se especula que poderão pertencer ao 13.º álbum de estúdio da cantora, que ainda não tem data de edição, embora se preveja que possa ser lançado nos primeiros meses de 2015.

Para além do sueco Avicii, consta que entre os colaboradores do próximo álbum estarão nomes como Alicia Keys, Diplo ou Ariel Pink. Tudo indica, portanto, que nos próximos meses iremos ouvir falar muito dela.

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