Low-Tech

A poesia low-tech que vem do traço clássico de Miyazaki como da própria narrativa e dos seus aviõezinhos, cavam uma diferença para com a norma actual da animação de grande circulação.

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Há coisas que são sempre irresistíveis nos filmes de Miyazaki, mesmo se As Asas do Vento nos parece menos entusiasmante do que A Princesa Mononoke ou O Castelo Andante.

A imaginação “centrífuga”, sempre a abrir para novas referências estéticas e para qualquer coisa próxima da “fusão de imaginários”, muito para além do que é estritamente “anime”.

Mas sobretudo, e neste caso, a poesia “low-tech” que vem tanto do traço clássico de Miyazaki como da própria narrativa e dos seus aviõezinhos, cavando uma diferença para com a norma actual da animação de grande circulação (tornada assunto de sofisticação tecnológica) que não pode deixar de se ver também como um “statement” estético. Nada contra alguns dos belos filmes que têm vindo, por exemplo da Pixar; mas um filme como <i>As Asas do Vento</i> tem um efeito refrescante.

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