Louis Armstrong

Se não tem um bom amplificador, duas boas colunas e um conversor DAC não vale a pena assinar o Tidal.

Louis Armstrong é o princípio - e o príncipe - da música. Ouvi-lo sem ser na mais alta fidelidade acústica é desconhecê-lo e desacreditá-lo. No Spotify e no iTunes a música dele distancia-nos dela, por ser tão mal reproduzida.

Só no Tidal - com um reforço de sinal (tal como o NOS móvel que custa mais 14 euros por mês) - é que se consegue ouvir as poucas boas gravações de Armstrong (como "Sweet Lorraine" e "We Shall Overcome") como se ele estivesse a cantar e a tocar à nossa frente.

O Tidal custa mais 14 euros por mês mas vale, cada vez mais, a pena. São mais 28 euros por mês, para quem já paga 40, 50 ou 60 por mês. A chatice é que não dá para dispensar o cada vez melhor Spotify (a 7 euros por mês) que, com uma qualidade minimamente aceitável, continua a aumentar o reportório.

O Tidal, de há um ano para cá (e certamente desde a última vez que escrevi sobre ela) está cada vez mais inclusivo.

Se não tem um bom amplificador, duas boas colunas e um conversor DAC não vale a pena assinar o Tidal.

Talvez seja por isto que o Tidal esteja a sofrer. A grande maioria dos ouvintes de música não é audiófila. Tem razão. A música é boa ou má sem ser preciso averiguar se é reproduzida com alta ou baixa fidelidade.

É uma tragédia. O hi-fi sempre foi muito caro mas hoje, bem escolhidos os componentes em segunda mão, é possível obter um bom som (como se estivesse com os músicos na mesma sala) por um preço atingível, com grandes sacrifícios.

Viva isto!

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