Júri não atribui este ano Prémio Leya de romance em língua portuguesa

É a segunda vez que o prémio, criado em 2008, não é atribuído.

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Manuel Alegre foi o presidente do júri Daniel Rocha

O júri do Prémio Leya decidiu, por unanimidade, não atribuir este ano o galardão literário, revelou o grupo editorial Leya. Esta é a segunda vez, na curta história do prémio, que o júri decide não premiar qualquer das obras a concurso, depois de em 2010 ter tomado uma decisão semelhante.

O Prémio Leya foi criado em 2008 para distinguir um romance inédito escrito em língua portuguesa, tem um valor monetário de 100 mil euros e inclui a edição da obra pelo grupo editorial Leya. Segundo o regulamento, o júri pode decidir não atribuir o prémio, "se as obras concorrentes não apresentarem a qualidade exigida".

Presidido por Manuel Alegre, o júri integrou José Carlos Seabra Pereira, José Castello, Lourenço do Rosário, Nuno Júdice, Pepetela e Rita Chaves.

O galardão foi atribuído pela primeira vez, em 2008, ao romance O Rastro do Jaguar, do escritor brasileiro Murilo Carvalho. Nos anos seguintes foram atribuídos a O Olho de Hertzog, do moçambicano João Paulo Borges Coelho (2009), O Teu Rosto Será o Último, de João Ricardo Pedro (2011), e Debaixo de Algum Céu, de Nuno Camarneiro (2012).

Em 2013, o prémio foi atribuído pela primeira vez a uma mulher, à escritora Gabriela Ruivo Trindade, pelo seu romance de estreia, Uma Outra Voz. No ano seguinte, o júri distinguiu O Meu Irmão, de Afonso Reis Cabral; e em 2015, O Coro dos Defuntos, de António Tavares.

Ao concurso deste ano, foram admitidos 449 originais. Destes, foram seleccionados 29, avaliados pelos editores da Leya. Dessa avaliação resultou que apenas um texto original foi submetido à apreciação final do júri.

 

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