Guimarães reforça aposta na criação feita a partir da cidade na próxima temporada

Novas obras de Rui Horta ou Victor Hugo Pontes são algumas das co-produções do CCVF. Na programação há espaço para consagrados, como o coreógrafo Alain Platel ou o novo projecto do músico Marcelo Camelo.

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Hierarquia das Nuvens, o novo espectáculo de Rui Horta vai ser apresentado em Outubro DR

A música, o teatro e a dança têm agora a companhia do novo circo como áreas artísticas em que Guimarães vai centrar as suas propostas culturais para os próximos meses. A grande aposta do Centro Cultural Vila Flor (CCVF) passará por assumir-se como co-produtor de vários dos espetáculos que farão a nova temporada daquele equipamento, que foi apresentada esta quarta-feira, dia em que se assinala o seu 9º aniversário. Na programação também há espaço para nomes consagrados com o de Alain Platel e da companhia les ballets C de la B, que regressam em Janeiro.

“Guimarães não pode ser somente uma cidade que acolhe espetáculos”, defende o director-executivo do CCVF, Frederico Queiroz, para quem o espaço cultural tem de “alimentar o seu potencial criativo”. “É isso que pode diferenciar a cidade”. E essa será uma aposta nas várias áreas artísticas, com o acolhimento de residências artísticaCentro Cultural Vila Florrs e a participação em mais de uma dezena de co-produções em 2014/2015.

Na música, Guimarães volta a receber, em Abril, a 2ª edição do WestWay Lab Festival, que promove o trabalho de colaboração entre bandas emergentes nacionais e estrangeiras. Uma das novas apostas da temporada é no Novo Circo, com uma primeira residência da Circus Next Lab a decorrer já no final do mês na cidade, com dez artistas portugueses e estrangeiros orientados por Jean Michel Guy e João Paulo Santos.

O CCVF vai também co-produzir e apresentar os novos espetáculos de Rui Horta (Hierarquia das Nuvens, 18 de Outubro), Útero (Under, 22 de Novembro), Victor Hugo Pontes (Fall, Março), bem como de Nuno Cardoso (Racine) e de Sofia Dias e Vítor Roriz (Satélites), ambos em Maio. A estes junta-se a produção da companhia residente Teatro Oficina, que já no início do próximo mês (2 a 5 de Outubro) leva a Guimarães Círculo de Transformação em Espelho, estreado no Festival de Almada e, em Janeiro, estreia A Vida é Sonho, co-produzido com João Garcia Miguel.

O CCVF assinalou, esta quarta-feira, o seu 9º aniversário, numa celebração onde juntou a sua equipa e o público mais fiel da casa. Na sessão foi apresentada a programação para a próxima temporada, onde há espaço também para a apresentação de espetáculos de criadores reconhecidos. Em Janeiro, Tauberbach, do coreógrafo belga Alain Platel para a companhia les ballets C de la B, sobe ao palco do Grande Auditório, por onde passará, igualmente, o novo projecto dos músicos brasileiros Marcelo Camelo e Malu Magalhães, Banda do Mar, no mês seguinte.

Os festivais continuarão a ser os “eventos-âncora” da programação vimaranense, começando em Novembro (6 a 15) com o Guimarães Jazz, onde passarão David Murray, James Carter ou Adrián Oropeza. Em Fevereiro (5 a 14) realiza-se o festival de dança contemporânea Guidance, com espetáculos já confirmados de Tânia Carvalho e Leandro Kees. No teatro, os Festivais Gil Vicente, terão Deportados, de Dinarte Branco e Nuno Costa Santos, Fausta, de Pedro Gil e Tonan Quito e António e Cleópatra, da companhia Mundo Perfeito, em Junho (4 a 13).

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