Fundação Gulbenkian retoma o ciclo de cinema P'ra Rir!

Ciclo P'ra Rir! (Outra Vez) é retomado este fim-de-semana, em Lisboa, com comédias clássicas protagonizadas por Harold Lloyd e Bucha & Estica.

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Stan Laurel e Oliver Hardy, ou Bucha & Estica DR

Os realizadores Ernst Lubitsch, Stanley Kubrick, Billy Wilder e Charlie Chaplin são alguns dos protagonistas da segunda parte do ciclo de cinema P'ra Rir, em exibição na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a partir deste sábado.

A segunda parte do ciclo, que dá continuidade à programação lançada em Dezembro, sob a responsabilidade do realizador João Mário Grilo, decorre até 26 de Abril e, à semelhança do anterior, "revisita um conjunto de realizadores e actores que marcaram a história" da sétima arte, em particular pela "herança burlesca" e pelo "papel fundamental na consagração do riso, como uma das primeiras emoções do cinema", afirma a fundação, num comunicado de apresentação do programa.

O Ciclo P'ra Rir! (Outra Vez) abre este sábado com O Homem Mosca (1923), de Fred Newmwyer e Sam Taylor, protagonizado por Harold Lloyd, seguindo-se dois filmes com Stan Laurel e Oliver Hardy (Bucha & Estica) – Caixa de Música (1932), de James Parrott, e Bicho-carpinteiro (1933), de Lloyd French –, numa jornada que culmina com duas obras de Buster Keaton: O Navegante (1924), correalizado por Keaton e Donald Crisp, e Pamplinas Maquinista (1926), codirigido com Clyde Bruckman.

A chamada "herança burlesca", a exibir nos meses de Março e Abril, na Gulbenkian, conta ainda com sessões de cinema português e italiano, com os filmes A Canção de Lisboa (1933), de Cottinelli Telmo, O Pátio das Cantigas (1942), de Francisco Ribeiro, e Recordações da Casa Amarela (1989), de João César Monteiro, além de Gangsteres Falhados (1958), de Mario Monicelli, A Ultrapassagem (1962), de Dino Risi, e Amarcord (1973), de Federico Fellini.

Os filmes agora anunciados prosseguem o projecto lançado no final de 2014, programado por João Mário Grilo, que marcou o regresso de sessões regulares de cinema ao grande auditório da Gulbenkian, com o objectivo de transmitir ao público a "sensação de sentimento colectivo da magia" de ver filmes em sala própria, fazendo-o "rir em conjunto", como afirmou o cineasta, quando da apresentação da iniciativa, em Dezembro.

Os clássicos Ladrão de Alcova (1932), Ninotchka (1939) e Ser ou Não Ser (1942), do realizador alemão Ernst Lubitsch, que se fixou nos Estados Unidos nos anos de 1920-1930, são alguns dos filmes a exibir ainda em Março, agora destacados pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Luzes da Cidade (1931), Tempos Modernos (1936) e O Grande Ditador (1940), de Charles Chaplin, O Pecado Mora ao Lado (1955), Quanto Mais Quente Melhor (1959) e O Apartamento (1960), de Billy Wilder, cineasta de origem austríaca, que se fixou em Hollywood após a ascensão nazi na Europa, são outros filmes da nova temporada do Ciclo p'ra Rir, permitindo uma perspectiva de quase sete décadas de cinema e, em particular, da comédia.

A estes juntam-se ainda A Festa (1968), de Blake Edwards, e Dr. Estranhoamor (1964), de Stanley Kubrick, assim como os musicais Serenata à Chuva (1952), de Stanley Donen e Gene Kelly, A Roda da Fortuna (1953), de Vincente Minnelli, e Eles e Elas (1955), de Joseph Mankiewicz, completando o ciclo.

"Ver cinema em sala é uma experiência única e, nestas condições, queremos maximizar o prazer que estes filmes davam [quando foram produzidos]. O panorama mudou muito. Hoje há vários lugares onde se podem ver filmes de forma diferente, mas queremos voltar à vocação popular do cinema", sustentou João Mário Grilo na apresentação do projecto da Fundação Calouste Gulbenkian, em Dezembro passado.

O passe para todo o ciclo custa 30 euros. Por sessão, o bilhete fica em 3 euros.

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