Exposição com obras em reserva do Museu de Arte Antiga prolongada até Outubro

Obras em reserva. O museu que não se vê, inicialmente prevista encerrar a 25 de Setembro, vai manter-se aberta ao público até 9 de Outubro.

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Nuno Ferreira Santos

A exposição Obras em reserva. O museu que não se vê, inaugurada em Maio no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) e já vista por mais de 68 mil pessoas, vai ser prolongada até 9 de Outubro, anunciou esta quinta-feira aquela entidade, em Lisboa.

De acordo com fonte do MNAA, a exposição, inaugurada a 18 de Maio, recebeu 68.429 pessoas até 11 de Setembro, e, "devido ao enorme sucesso" de público, o museu decidiu adiar o seu encerramento, que estava previsto para 25 de Setembro.

A mostra reúne 314 peças de pintura, iluminura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, livros, têxteis, vidros, ourivesaria, artes decorativas, mobiliário, entre outras, que, pelos constrangimentos físicos do edifício onde está instalado o museu, não fazem parte da exposição permanente.

A escultura de leões ptolomaicos, que corresponde à dinastia que reinou no Antigo Egipto, entre 305 e 30 a.C., e um óleo de Columbano Bordalo Pinheiro, do século XIX, constituem as balizas cronológicas da exposição, que inclui artistas nacionais e estrangeiros.

É mostrada pela primeira vez ao público uma colecção de desenhos do ciclo de Rembrandt (século XVII), e outros de autoria de Pietro Perugino e de Raphael (séculos XV e XVI).

O museu está instalado no palácio mandado construir, em finais do século XVII, pelo 1.º conde de Alvor, mais tarde residência de Paulo de Carvalho, irmão do marquês de Pombal, e posteriormente do cônsul da Holanda, Daniel Gildemeester, negociante de diamantes, e que promoveu obras de qualificação dos interiores.

O MNAA, procurando adaptar-se ao crescimento das suas colecções e às novas exigências museológicas, tem realizado sucessivas obras de ampliação, tendo integrado, no circuito expositivo, a capela do desaparecido convento de Santo Alberto, edificado entre 1583 e 1598, e, na primeira metade do século XX, com a construção do anexo poente, num projecto do arquitecto Guilherme Rebelo de Andrade, seguindo-se um acrescento à ala oriental, feito entre 1942 e 1947, destinado a auditório, biblioteca e gabinete de estampas.

Recentemente, o MNAA foi alvo de obras de modernização, em 1983, antes da XVIII Exposição de Arte, Ciência e Cultura, e em 1992-94, em vésperas de Lisboa - Capital Europeia da Cultura, pelo arquitecto João de Almeida.

O Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana das Janelas Verdes foi aprovado na reunião da Câmara de Lisboa, em Dezembro do ano passado, e o estabelecimento das Medidas Preventivas nas áreas adjacentes ao MNAA foi aprovado na Assembleia Municipal a 02 de Fevereiro último, tendo entrado em vigor a 8 de Março.

Este ano, em Julho, o MNAA reabriu a exposição permanente de pintura e escultura portuguesa antigas, na sequência de obras de remodelação do terceiro piso

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