Explorar a Madeira com a música de Zeena Parkins ou Sonic Boom

Na primeira semana de Dezembro a Madeira é invadida pelas aventuras sonoras de Peder Mannerfelt, Sonic Boom, Lakker ou Zeena Parkins. É o festival Madeira Dig.

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Sonic Boom
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Zeena Parkins
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Marina Rosenfeld
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O cartaz ainda não está totalmente encerrado, mas a americana Zeena Parkins, o inglês Sonic Boom e o sueco Peder Mannerfelt serão sem dúvida três dos destaques da 13ª edição do festival Madeira Dig, o mais antigo no activo em Portugal no campo das músicas electrónicas mais abstractas ou de carácter experimental. Acontece de 2 a 5 de Dezembro na Madeira, no eixo compreendido entre a Calheta – Casa das Artes Casa das MUDAS – e a vila da Ponta do Sol, na Estalagem da Ponta do Sol.

Compositora, multi-instrumentista ou improvisadora são alguns das designações que ajudam a definir Zeena Parkins, embora o seu longo percurso tenha sido construído em grande parte pela forma singular como toca a harpa, recorrendo a técnicas próprias e processamentos electrónicos que tanto seduziram outros criadores contemporâneos com quem tem colaborado assiduamente como Björk - ver vídeo em baixo - ou a dupla Matmos.

O antigo membro dos Roll The Dice, Peder Mannerfelt, também conhecido como The Subliminal Kid, apresentará The Swedish Congo Records (2015), reinterpretação digital de uma gravação rara dos anos 30 do século passado feita pelo realizador belga Armand Denis. Presença assídua em Portugal nos últimos anos tem sido Peter Kember, ou seja Sonic Boom, autêntica cientista sonoro que hoje navega pelas margens da música ambiental e que nos anos 1990 foi um dos fundadores dos Spacement 3.

Para além destes três protagonistas haverá de contar com Helm, projecto solitário do inglês Luke Younger, que o ano passado lançou Olympic Mess, para onde confluíam imensas influências, técnicas e ideias, ou para o franco-suíço Kassel Jaegar, pelas margens da música electroacústica. Entre a performance, a instalação e a composição moderna apresenta-se Marina Rosenfeld, uma artista sonora e visual americana que se mostrará com o também americano Ben Vida. Também em duo estarão presentes Ian McDonnell e Dara Smith, ou seja os irlandeses Lakker, influenciados pelo tecno ou pela música industrial, que constroem e desconstroem em palco.

Com um ambiente singular, onde um público maioritariamente internacional e artistas, especialistas das artes digitais e curiosos, se misturam, o Madeira Dig foi-se impondo ao longo dos anos no calendário internacional de eventos dedicados às músicas electrónicas exploratórias. Hoje faz parte do roteiro dos festivais de inverno enaltecidos no centro da Europa, pela programação, clima ameno e junção de turismo e música. Ao longo dos anos passaram por lá nomes como William Basinski, Grouper, Fennesz, Oval, Jamie Lidell, Lee Ranaldo, Oneohtrix Point Never, Tim Hecker, Alva Noto, Murcof, A Winged Victory For The Sullen ou Ben Frost.

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