E os Óscares honorários vão este ano para Belafonte, Carrière, Miyazaki e O'Hara

Harry Belafonte, Jean-Claude Carrière, Hayao Miyazaki e Maureen O'Hara foram os escolhidos pela Academia de Hollywood para receberem em Novembro o Óscar que distingue as suas carreiras.

Maureen O'Hara, estrela dos anos de ouro de Hollywood, vai ser homenageada
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Maureen O'Hara, estrela dos anos de ouro de Hollywood, vai ser homenageada DR
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Hayao Miyazaki vai receber a estatueta depois de ter anunciado que não faria mais filmes Reuters
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Jean-Claude Carrière recebe o Óscar honorário aos 82 anos DR
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Academia lembra o trabalho humanitário de Harry Belafonte Reuters

Dois actores de outros tempos de Hollywood, o mestre da animação japonesa e um argumentista francês são os homenageados este ano pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Harry Belafonte, Jean-Claude Carrière, Hayao Miyazaki e Maureen O'Hara vão receber a 8 de Novembro os Óscares honorários que distinguem as suas carreiras.

Em comunicado, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, disse estar “absolutamente encantada” por homenagear estas pessoas que considerou serem “incríveis”. “Os prémios dos Governadores [como assim são chamadas distinções que acontecem aparte dos Óscares] permitem-nos reflectir não sobre o ano que passou no cinema mas sobre as realizações de uma vida”, destacou.

 Apesar de esta cerimónia acontecer antes da entrega dos Óscares, em 2015, também os homenageados aqui recebem a ambicionada estatueta dourada. Além disso, haverá depois um momento na entrega dos Óscares dedicado a Belafonte, Carrière, Miyazaki e O'Hara.

De entre os quatro homenageados, destaca-se Harry Belafonte que receberá o Óscar honorário pela luta que tem travado ao longo dos anos pelos direitos civis dos afro-americanos nos Estados Unidos. Cantor e actor, Belafonte, de 87 anos, foi activista político numa época de longas e duras lutas raciais. É desde então uma voz contra o racismo e uma cara a favor da igualdade de direitos. Foi nomeado em 1987, embaixador da boa-vontade da Unicef.

A Academia lembra ainda os filmes nos quais Belafonte participou e em que o tema foi tratado, como por exemplo Carmen Jones (1954), Odds Against Tomorrow (1959) e The world, the flesh, and the devil (1959).

Já Jean-Claude Carrière, de 82 anos, é distinguido pelo seu trabalho como argumentista no cinema, que lhe valeu logo em 1962 um Óscar, que partilhou com o realizador Pierre Étaix, pela curta Heureux Anniversaire. Com uma carreira de mais de três décadas, Carrière tem uma lista longa de colaborações com alguns dos nomes mais importantes do cinema. Trabalhou com Luis Buñuel para os argumentos de O Charme Discreto da Burguesia e Esse Obscuro Objecto do Desejo, ou com Jean-Luc Godard em Salve-se Quem Puder.

Maureen O’Hara que foi a Miss América de John Wayne em A Águia Voa ao Sol (1957), de John Ford, também receberá em Novembro a mesma distinção. A actriz, actualmente com 94 anos, é um dos últimos nomes vivos da época dourada de Hollywood. O’Hara deixou Dublin para se estrear no EUA em 1939 com destaque em O Corcunda de Notre Dame, de William Dieterle, ao lado de Charles Laughton.

Por fim, a Academia vai entregar o Óscar honorário ao mestre do cinema de animação japonês Hayao Miyazaki, de 72 anos, que no ano passado anunciou que se iria retirar da actividade. Miyazaki é autor de onze longas-metragens aclamadas pela crítica e detentor de um Óscar de melhor filme de animação por A Viagem de Chihiro. O seu último filme, The Wind Rises, foi apresentado no Festival de Veneza do ano passado.

http://s.publico.pt/NOTICIA/1505993Angelina Jolie, Steve Martin e Angela Lansbury foram os premiados em 2013.

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