Luís Buchinho teve a sua Happy Hour em Paris

No segundo – e último – dia da participação portuguesa na Semana da Moda de Paris, o criador português Luís Buchinho apresentou uma colecção cheia de leveza e tons suaves e reforçou o posicionamento internacional da sua marca.

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Numa sala sem lugares suficientes para todos os jornalistas, fotógrafos e convidados, Luís Buchinho apresentou uma colecção para a Primavera/ Verão 2015 que quis transmitir uma ideia de leveza e voltou a marcar o posicionamento que quer para a sua marca: a internacionalização. “Crescer, crescer cada vez mais” e “desbravar caminho” é o seu desejo, disse-o no final do desfile, antecipando que “os próximos seis meses vão ser ainda mais intensos a nível comercial”.

O carimbo de qualidade dado, também, pela participação no calendário paralelo da semana da moda de pronto-a-vestir de Paris tem funcionado e a marca já tem clientes espalhados por 12 países e, neste momento, além do showroom na capital francesa, decorre um em paralelo na China e há um a ser pensado para a Austrália.

Também na imprensa internacional, o eco começa a ser maior – no final do desfile, vários foram os jornalistas franceses que rodearam o criador português –, “especialmente nas revistas de passerelle, é uma colecção que está a ser cada vez mais divulgada”, explica o criador aos jornalistas. E embora desenhe tudo o que lhe apetece, há directrizes que tem de seguir - “de quem percebe das vendas”, diz. “A mulher portuguesa gosta muito de cor”, já a estrangeira “não tem um padrão, é muito variada”, acrescenta, ainda sem planos para uma colecção para homem.

A colecção chama-se Happy Hour e foi apresentada na Biblioteca Nacional de França, em Paris, esta terça-feira. Tem tons sorvete e cores inspiradas nas dos cocktails: verdes a fugir para o azeitona e tons fortes como a framboesa dos frutos silvestres. É uma nova incursão de Buchinho no terreno das sobreposições, ele que as costuma trabalhar em várias estações “principalmente nas de Inverno”, como referiu. Há materiais estruturados, como tafetá de seda, malha de viscose, seda, rendas e organzas que resultam num “jogo complexo, revelador e muito gráfico”. Uma colecção feita a pensar na imagem das manequins na passerelle, onde grande parte das peças não estão prontas para sair para as lojas. “Não é uma colecção comercial, de todo”, afirma. Para as lojas as peças vão ser adaptadas: “com menos pernas de fora”, menos transparências, menos decotes.

Há 15 anos a apresentar em Paris, Luís Buchinho prefere dizer que a vinda à Cidade Luz acontece realmente só a partir de 2010. “Agora tenho a minha hora, o meu espaço. Dantes era uma montra de várias pessoas, agora tenho o cunho da individualidade”, defende, salientando o apoio do Portugal Fashion, sem o qual era “inviável” fazer este percurso que inclui a participação em vários showrooms e feiras internacionais.

Com um orçamento de 700 mil euros por semestre, o Portugal Fashion – mais conotado com a indústria têxtil mas que sempre acolheu moda de autor – está a crescer. A notoriedade de nomes como Luís Buchinho e Fátima Lopes tem sido canalizada “em favor de uma imagem diferenciada de toda a fileira da moda nacional”, explica ao PÚBLICO Rafael Rocha, director de comunicação do Portugal Fashion. “A indústria ganhou competitividade com o design moderno, diferenciador e fashionable aportado pelos criadores de moda”, acrescenta.

As criações de Buchinho seguem agora rumo ao Porto, para apresentação na 35.ª edição do Portugal Fashion.

Notícia corrigida às 13h39 de 1 de Outubro

O PÚBLICO viajou a convite do Portugal Fashion

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