Descobertos vestígios de um palácio micénico na Grécia

Permitirá saber mais sobre a "organização política, administrativa, económica e social da região” e sobretudo obter "novos elementos sobre as crenças micénicas e sobre questões da linguística".

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Detalhe da cidadela de Micenas, património da Humanidade desde 1999 UNESCO/DR

Os restos de um palácio do período micénico (século XVII-XVI antes de Cristo), com importantes inscrições em grego arcaico, foram descobertos perto de Esparta no Peloponeso (sul), revelou esta terça-feira o Ministério da Cultura grego.

Esta nova descoberta permitirá obter informações sobre a "organização política, administrativa, económica e social da região” e sobretudo obter "novos elementos sobre as crenças micénicas e sobre questões da linguística", diz o comunicado da tutela grega.   

Escavações arqueológicas realizadas desde 2009 em Agios Vasileios, uma aldeia perto de Esparta (300 quilómetros a sul de Atenas), tornaram possível a revelação de antigas e raras inscrições de uma forma arcaica do grego.

Nessas placas de argila estão nomeadamente inscritas referências a cerimónias religiosas e a nomes de locais. O vestígio mais antigo de escrita na Europa, o chamado Linear B surgiu em Creta cerca de 1375 antes de Cristo e só começou a ser decifrado a partir de 1952.  

No palácio, foram também encontrados objectos de culto, figuras em argila, uma taça com uma cabeça de touro, escaravelhos, besouros, espadas e fragmentos de pinturas murais.

No norte do Peloponeso encontra-se também o principal sítio arqueológico da civilização micénica, a cidadela de Micenas, descobertas no século XIX. É constituída principalmente por vestígios do palácio real e túmulos monumentais atribuídos a heróis da mitologia grega.

De acordo com o Ministério da Cultura grego, estão activas mais de 150 escavações arqueológicas em 2015 em toda a Grécia, “demonstrando a importância da riqueza arqueológica e do património cultural do país".

 

 

 

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