Depois de A Rapariga no Comboio, Paula Hawkins mergulha no rio em Into the Water

“É muito mais fácil escrever sobre o lado negro e a tragédia do que sobre a felicidade”, admitiu a autora.

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Paula Hawkins, a autora de "A Rapariga no Comboio" Matt Dunham/AP

A Riverhead Books, editora da escritora britânica Paula Hawkins, anunciou esta terça-feira à Associated Press a data de publicação do próximo livro da autora, Into the Water, que será lançado a 2 de Maio do próximo ano. É o primeiro livro de Hawkins desde A Rapariga no Comboio, de 2015, o livro mais lido desse ano, que vendeu 18 milhões de exemplares em todo o mundo e se manteve no topo das vendas do Reino Unido por 12 semanas (uma popularidade que, de resto, se estendeu à sua adaptação ao cinema).

Segundo o site da revista Entertainment Weekley (EW), o novo thriller de Hawkins vai contar “uma história de homicídio com muito suspense, passada numa pequena cidade à beira-rio, que mergulha em segredos de família e ‘verdades escorregadias’”. No resumo da história, pode ler-se: “Quando uma mãe solteira e uma filha adolescente aparecem mortas no fundo do rio, com poucas semanas de diferença, a investigação que se sucede traz ao de cima uma história complicada”.

“Esta é uma história que tem estado em preparação há um bom tempo”, explicou a escritora num comunicado. “Para mim, há algo irresistível nas histórias que contamos a nós próprios, na forma como as vozes e as verdades podem ser escondidas consciente ou inconscientemente, nas memórias que podem ser desvanecidas e histórias inteiras que podem ficar submersas”. Noutra entrevista à EW, Hawkins já tinha referido que o género deste novo livro é semelhante ao do anterior, uma vez que também será narrado por mulheres, mas que é “muito diferente”: “Não tenho falado muito sobre isso porque é uma coisa um pouco difícil de explicar. Soa estranha. Tem um ambiente algo gótico. Não é sobre uma caça às bruxas, isto posso já dizer. No entanto, quis que tivesse algo sobre mulheres acusadas de bruxaria. Isso não aconteceu muito no Sul de Inglaterra, aconteceu principalmente na Escócia e no Norte de Inglaterra. Essa parte inclui-se realmente num clima sombrio e gótico e apelativo para uma história, por isso resultou”.

Sarah McGrath, editora de Paula Hawkins nos Estados Unidos, disse noutro comunicado: “Tal como A Rapariga no Comboio explorou o voyeurismo e a introspecção, também Into the Water o faz, questionando a capacidade enganadora da memória e todas as formas perigosas como o passado pode estender o seu braço para o presente e o futuro."

Já o ano passado Hawkins tinha dito à Associated Press que achava “muito mais fácil escrever sobre o lado negro e a tragédia do que sobre a felicidade”.

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