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Lugares da Guerra

Cruzada das Mulheres Portuguesas

Assistência | Lisboa

A comissão da Cruzada das Mulheres Portuguesas reunida no Palácio de Belém. Miguel Madeira

Criada em 20 de Março de 1916, por iniciativa de um grupo de mulheres lideradas por Elzira Dantas Machado, a Cruzada das Mulheres Portuguesas desempenhou um papel central na assistência moral e material aos militares mobilizados, às suas famílias e aos prisioneiros de guerra portugueses, para além de assegurar assistência hospitalar nas frentes interna e europeia, pela organização de estabelecimentos como o Instituto Clínico. Contou com vários núcleos locais, nas principais cidades e vilas da metrópole e das colónias. 

  • Impulsionado pela Câmara Municipal de Aveiro, o monumento em homenagem aos militares mortos durante a Grande Guerra ficaria a cargo de uma Comissão Administrativa, à semelhança do que verificou em muitos outros concelhos, que escolheria o projecto apresentado por José de Sousa Caldas e recolheria os fundos necessários à execução do mesmo. A inauguração oficial do Monumento teria lugar em Abril de 1934.

  • O Hospital Militar Português, também denominado Hospital Central de Hendaia, foi instalado pelo Governo Português no antigo Casino de Hendaia, dispondo de 106 camas, de uma sala de radiografia e outra de operações. O material hospitalar foi parcialmente adquirido em Portugal, sendo completado com utensílios provenientes do Hospital Militar de Bayonne. Destinava-se a funcionar como ponto de transição no transporte de doentes e feridos entre França e Portugal.

  • Comissão criada pelo governo português em 1919 com a finalidade de identificar e concentrar os corpos dos militares mortos durante a I Guerra Mundial. Teve uma actividade importante na organização dos cemitérios militares portugueses no estrangeiro, nomeadamente em Richebourg l'Avoué. Integraram-na militares como Luís Pinto de Figueiredo, Sá de Moraes e José de Sousa.

  • De cunho modernista, o Monumento aos Mortos da Grande Guerra de Ponta Delgada, projectado por Raul Lino e Diogo de Macedo, inaugurado no ano de 1936, é um dos poucos monumentos memorativos nacionais que representa e homenageia a marinha, tanto mercante como de guerra.

  • Criada na dependência da Cruzada das Mulheres Portuguesas, tinha como grandes atribuições o auxílio económico e profissional às mulheres e famílias dos militares mobilizados, pela organização de "Casas de Trabalho", nas quais as mulheres e viúvas podiam usufruir de uma formação profissional para melhorar a sua situação laboral.

  • A Comissão Técnica da Arma de Infantaria era uma comissão técnica do Exército português, constituída pelo Inspector de Infantaria da 1.ª Divisão do Exército, pelos comandantes da Escola de Tiro de Infantaria e do Grupo de Metralhadoras de Lisboa e pelo director da Carreira de Tiro de Lisboa, que, em Junho de 1920, protagonizaria um movimento nacional de homenagem aos militares mortos durante a Grande Guerra, pela inauguração de lápides, nas sedes regimentais, com os nomes dos soldados e oficiais caídos durante o conflito.

  • A Estátua do Soldado Desconhecido, em Lamego, foi projectada pelo escultor Júlio Vaz Júnior e pelo arquitecto Álvaro Machado, sendo inaugurada em Setembro de 1932. Na mesma pode ler-se: "Aos mortos da Grande Guerra. Datas gloriosas".

  • O Monumento aos Mortos da Grande Guerra do Porto, da autoria de Henrique Moreira, inaugurado em 9 de Abril de 1928, acabaria por substituir um primeiro monumento construído na cidade, em 1924, por iniciativa da Junta Patriótica do Norte. Integrando-se na tipologia serrana, no Monumento da Praça Carlos Alberto pode ler-se: "1914. Aos Mortos da Grande Guerra. A cidade do Porto. 1918".

  • A construção do Monumento resultou da actividade duma comissão executiva, constituída por autoridades civis e militares, da qual fizeram parte Manuel da Silva Martins, Artur Augusto Correia Matias, Luís de Camões, Caetano Manuel Cordeiro Rosado, António Monteiro, Emídio José de Carvalho, Raul Martinho, José António Pombinho Júnior, Luís Freire e José Fernandes. Inaugurado em Junho de 1933, possui a seguinte inscrição: "Feliis Pró Pátria Caesis Ebora".

  • Monumento do escultor Anjos Teixeira, inaugurado em 1931, em homenagem a José Botelho de Carvalho Araújo, 1.º Tenente da Armada. Comandante do caça-minas Augusto de Castilho, celebrizou-se por proteger um navio de passageiros dos bombardeamentos de um submarino alemão ao largo dos Açores.

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