Os concursos de apoio financeiro ao cinema e audiovisual de 2016 contarão com 17,6 milhões de euros, mais 445 mil do que em 2015, segundo o calendário divulgado esta quinta-feira pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), quatro meses depois da data fixada para a sua publicação.

Comparando com o calendário de 2015, este ano o apoio contará com mais 445 mil euros e registam-se ligeiras alterações de verbas destinadas a alguns dos cerca de 20 concursos. Dos 17,6 milhões de euros alocados aos concursos deste ano, 13,3 milhões de euros destinam-se ao cinema e os restantes 4,2 milhões de euros são para financiamento de audiovisual e multimédia.

As maiores diferenças de valores verificam-se no programa de apoio à escrita e desenvolvimento de argumentos de cinema, que tem este ano 600 mil euros, mais 200 mil do que em 2015, e no programa de apoio complementar à produção, com 600 mil euros, metade do que estava fixado no ano passado.

No audiovisual e multimédia, registam-se vários aumentos, nomeadamente no programa de escrita e desenvolvimento de séries e unitários (como telefilmes), que sobe de 280 mil euros para 450 mil euros, e no programa de inovação, que passa de 230 mil euros para 350 mil euros.

O calendário referente a 2016 - que deveria ter sido publicado em Outubro passado - esquematiza todas as datas de abertura e encerramento dos concursos e as verbas orçamentadas para cada programa de apoio, que vai da escrita de argumento à finalização de obras, do apoio à distribuição ao apoio à exibição em circuitos alternativos.

As verbas utilizadas nestes programas de apoio ao cinema e audiovisual provêm da cobrança, por parte do ICA, da taxa de exibição - que incide sobre a publicidade que é exibida nas salas de cinema, em televisão e em meios audiovisuais - e da taxa de subscrição às operadoras de televisão. 

Os apoios de co-produção com o Brasil e com França totalizam cerca de 664 mil euros.

O ICA divulgou ainda no seu site a lista dos júris que decidem a quem é atribuído o apoio financeiro, nos quais figuram nomes como o do realizador Joaquim Leitão, dos programadores Miguel Valverde ou Anabela Moutinho, do ilustrador Nuno Saraiva, do encenador Carlos Fragateiro ou dos jornalistas Nuno Galopim e Cláudia Marques Santos.