Como se fez luz do caos dos Stooges

Uma biografia dos Stooges, Total Chaos: The Story Of The Stooges, chega dia 15 de Novembro. Antes, Iggy Pop falou do caos que deu origem à lenda.

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Total Chaos: The Story of the Stooges, de Jeff Gold: edição marcada para 15 de Novembro

Já sabíamos que estava para breve a edição de uma biografia dos Stooges de Iggy Pop. Já sabíamos que o título é adequadíssimo ao objecto de investigação: Total Chaos: The Story of the Stooges. Da autoria de Jeff Gold e com edição, marcada para 15 de Novembro, pela Third Man Books, desse outro famoso conterrâneo de Detroit chamado Jack White, contará com muito material de arquivo (leia-se fotos) inédito e com textos de Johnny Marr, Dave Grohl, Josh Homme, Joan Jett e do próprio White.

Agora, levantou-se um pouco o véu sobre o que poderemos encontrar no interior da obra. Ou seja, como o que rapaz que se destacava na equipa de debate da escola secundária de Ann Arbor, se transformou no espalha-brasas, corpo coberto de brilhantes, que anunciou uma nova era do rock’n’roll.

Uma das fotos mostra um quarto em avançado estado de desarrumação, chão coberto de itens diversos e nem sempre identificáveis. Pouco tempo depois chegaria a casa aquela que foi mulher de Iggy Pop durante escassas três semanas, rapariga de uma “família bem” chamada Wendy Weissberg. Tentou dar alguma ordem ao caos, mas, no final de 1968, pouco após assinar contrato discográfico com a Elektra, Iggy não podia ceder à arrumação. Tendo em conta a pessoa em que julgava estar a caminho de se tornar, diz à Rolling Stone, “via a ordem na minha vida como uma ameaça à ordem na minha música” - a música era, claro, o mais importante.

Houve os concertos com os Iguanas, quando Iggy era ainda baterista, e com os Prime Movers, banda na qual Iggy decidiu um dia que seria boa ideia deslizar pelo palco com uma capa de Super-Homem. E depois os Stooges que o reuniram aos irmãos Asheton. Ou seja, o início da lenda. Iggy identifica o arranque definitivo dos Stooges com o guitarrista Ron Asheton. “Apareceu com dois riffs com os quais podias começar uma carreira”. Eram os de I wanna be your dog e No fun. “Julgo que o que ele fez foi misturar um pouco dos Velvets, um pouco de Ravi Shankar, um pouco The Who e um toque de Hendrix”. Depois, “deixou o amplificador falar”. O resto é história: a que reecontraremos em Novembro, em mergulho profundo no caos brilhante de que emergiram os Stooges.

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