Como é que a África brasileira se vê no cinema?

Ciclo decorre em Lisboa entre sábado e o próximo dia 15, na Cinemateca e na Casa Independente.

Foto
Barravento, de Glauber Rocha DR

O modo como a experiência dos africanos no Brasil tem sido representada no cinema é o “mote” para um pequeno ciclo que se inicia este sábado em Lisboa, na Cinemateca Portuguesa e na Casa Independente, prolongando-se até ao próximo dia 15.

Organizado em parceria entre a Africa.Cont, EGEAC e o Queer Lisboa, A Experiência Afro-Brasileira na Tela arranca com Barravento (1962), primeira realização de Glauber Rocha, e termina com A Rainha Diaba (1974), de António Carlos Fontoura, sobre a célebre figura da “Madame Satã”.

Ao todo, 25 filmes, entre curtas e longas-metragens, ficção e documentário, serão exibidos para explorar as representações cinematográficas das culturas e experiências africanas no cinema brasileiro ao longo dos anos. 

Nessa lógica, atenção especial a dois documentários, Abolição de Zózimo Bulbul (1988), realizado no centenário da abolição da escravatura, e A Negação do Brasil, de Joel Zito Araújo (2000), sobre a presença das comunidades negras na telenovela; e à “docuficção” híbrida de Adirley Queirós, Branco Sai, Preto Fica (2014), que explora a diferença de tratamentos sociais consoante a cor da pele.

Se o grosso do ciclo decorre na Cinemateca (que recebe também na Sala dos Cupidos a instalação video de Raphaël Grisey, A Mina dos Vagalumes), já a Casa Independente recebe um programa específico sobre as religiões afrocêntricas como o candomblé, com projecção de filmes e um debate sobre as sexualidades e o género no misticisimo afro-brasileiro com as investigadoras Clara Saraiva e Karla Bessa.

O programa completo do ciclo pode ser consultado nos sites www.africacont.org e www.cinemateca.pt.

 

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