Casa Fernando Pessoa vai ter merchandising do poeta e cobrar bilhetes de entrada

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Quarto de Fernando Passoa na casa do poeta em Lisboa Rui Gaudêncio

A directora da Casa Fernando Pessoa quer torná-la rentável. Com a integração na EGEAC, que aconteceu no início deste mês, este equipamento cultural de Lisboa poderá gerir receitas com a cobrança de bilhetes e venda de merchandising.

A Casa Fernando Pessoa está desde 1 de Novembro sob a égide da empresa municipal gestora de equipamentos culturais de Lisboa (EGEAC), que passará, em próximas fases, a gerir também o Museu do Design e da Moda (Mude), o Museu da Cidade, o Museu de Santo António, o Museu do Teatro Romano e o Museu Bordalo Pinheiro.

Pela lei das finanças locais os equipamentos camarários não podem fazer receitas e, por isso, há uma empresa municipal que gere os teatros e os museus - para cuja alçada a Casa Fernando Pessoa agora passou. “Isto significa que pode fazer receitas, pode-se fazer merchandising e cobrar bilhetes: o que será feito”, explicou ao PÚBLICO a directora da Casa Fernando Pessoa, Inês Pedrosa, lembrando que qualquer casa de escritor tem entradas pagas– da de Camilo Castelo Branco à de José Saramago, para só falar dos portugueses, mas em todo o mundo é assim - e uma loja com livros e objectos relacionados com o universo do escritor.

A responsável ainda não avança datas porque quer “valorizar” a Casa Fernando Pessoa, o que pode passar por torná-la mais multimédia, “para dar qualquer coisa de novo” quando começar a cobrança de entradas.

É ainda preciso instalar bilheteiras e o preço dos ingressos ainda não está decidido. “A partir daqui temos responsabilidade de tornar o equipamento rentável, é sempre um equipamento de serviço público mas pelo menos tentar que não seja deficitário, que possa sustentar-se”, conclui a directora.

Notícia actualizada às 16h44
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