Canções da liberdade e da resistência em Almada

Festival Cantar Abril volta a reunir em Almada cantores novos ou já rodados para criar canções de liberdade ou recriar temas da resistência. A final é a 30 de Abril.

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Janita Salomé, vencedor com um tema original em 2013 PAULO PIMENTA

Está de volta a Almada, ao Teatro Municipal Joaquim Benite, o Festival Cantar Abril, que se realiza de dois em dois anos. Promovido pela Câmara Municipal de Almada, já vai na quinta edição e o objectivo continua a ser o mesmo do seu início: desafiar músicos e cantores a criarem canções novas que tenham por mote a liberdade.

Canções que assentem no desafio de intervir socialmente, fazendo da palavra e da música, como dizem os promotores do festival, instrumentos “de mudança e de luta por uma sociedade mais justa e democrática”. Além disso, a par das canções novas, há ainda uma secção do festival dedicada à recriação de canções da resistência, onde os participantes são desafiados a criar novas versões para temas de compositores históricos como José Afonso, Fausto Bordalo Dias, Sérgio Godinho ou José Mário Branco.

Depois de uma selecção feita a partir de um total de 87 concorrentes de todo o país (por um júri composto por José Manuel David, Amélia Muge, João Afonso, Samuel e André Santos), ouvir-se-ão esta sexta-feira, dia 17, as canções novas, a cargo de Canalha (Sem penas), Cacau (A prosa pela janela), Maria João Fura (Serei feliz por acaso), Marafona (Chula da alvorada), Miguel Calhaz (Sou do contra, abaixo e Desligado do Mundo), Nuno Sanches (Quem não rouba nem herda), Paulo Rodrigues (Marcha à ré), Rui David (A casa) e Teresa Gentil (Botox revolution I). Às 21h30, com entrada livre.

Sábado dia 18, à mesma hora, também com entrada livre (que, tal como no dia anterior, se faz mediante levantamento de bilhete e está sujeita à lotação da sala), ouvir-se-ão as versões, que incluem alguns músicos já conhecidos: Cátia Oliveira (Menino d'oiro), Couple Coffee (Os vampiros), Flávio Torres & Os Canalhas (A vossa vontade será feita), João Lima (Queixa das almas jovens censuradas), Marafona (Coro dos tribunais), Maria Monda (Já o tempo se habitua), Miguel Calhaz (Era um redondo vocábulo), Os CantAutores (Na catedral de Lisboa), Rogério Charraz e Miguel Calhaz (Que força é essa) e Tuna Académica de Lisboa (Coro da Primavera).

A final, marcada para dia 30 de Abril, será na Academia Almadense, também às 21h30 e com entrada livre, nas mesmas condições das secções anteriores. E terá duas partes: uma, para apuramento dos concorrentes vencedores. Outra, onde actuará a cantautora galega Uxía que, conhecida já do público português, apresentará o seu mais recente trabalho, intitulado Meu Canto. Os vencedores serão anunciados no final deste concerto. A banda residente, ao longo de todo o festival, é o Quinteto António Palma.

Na edição anterior, a de 2013, os vencedores foram os Contracorrente (pela recriação de A Morte saiu à rua, de José Afonso), Janita Salomé (com um tema original), Miguel Calhaz (que teve o prémio poesia) e Luísa Basto (a quem foi atribuído um prémio de carreira).

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