Bob Dylan em concerto só para um

Músico norte-americano subiu ao palco com a sua banda para tocar apenas para um jornalista sueco que não conseguiu parar de sorrir.

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Bob Dylan em Los Angeles, na cerimónia dos Grammys, em 2013 Lucy Nicholson/Reuters

Este deve figurar entre os acontecimentos mais exclusivos do mundo: a lenda da folk e do rock Bob Dylan e a sua banda deram no domingo um concerto perante um público… de uma só pessoa.

O feliz contemplado com esta apresentação ultra-privada na Academia de Música de Filadélfia, nos Estados Unidos, foi Fredrik Wikingsson, estrela da televisão sueca, que está a trabalhar numa série de documentários sobre experiências a solo em eventos habitualmente concebidos para multidões.

Wikingsson, que se descreve como um enorme fã de Dylan, insistiu muito até conseguir o único lugar disponível neste concerto. Numa entrevista à revista Rolling Stone, especializada em cultura popular, explicou que, antes do espectáculo, estava tão nervoso que não conseguiu, sequer, engolir nada.

“Sorria de tal maneira que era como se estivesse sob o efeito de ecstasy”, disse Wikingsson. “Doeram-me os maxilares durante horas [depois do concerto] porque não parei de sorrir”, enquanto Dylan e a sua banda tocaram.

Bob Dylan, que aos 73 anos continua a subir ao palco, deu mais tarde um outro concerto, em moldes tradicionais, perante uma grande audiência, também em Filadélfia. O concerto privado revelou-se, no entanto, bastante atípico para a estrela da folk, já que, na ocasião, Dylan resolveu interpretar temas dos pioneiros do rock, como Heartbeat, de Buddy Holly, e Blueberry Hill, de Fats Domino, adiantou ainda a revista.

Wikingsson, por seu lado, confirmou no Twitter que pretende transformar esta sua experiência num documentário de 15 minutos que estreará em Dezembro no YouTube.

A página de Facebook deste seu projecto – Experiment Ensam (Experiências a solo) – explora o impacto que sobre Wikingsson teve o facto de ter assistido a um concerto do gigante Dylan completamente sozinho. “Será [o documentário] o testemunho de uma total euforia ou, pelo contrário, de um vazio por não poder partilhar esta experiência com ninguém?”, lê-se.

Wikingsson confirmou à Rolling Stone que não esteve no concerto “tradicional” que Dylan deu depois da sessão em privado, prevendo que seria “bizarro” e que “nada poderia superar” a sua experiência a solo. Em vez disso, o sueco passou a noite num bar de karaoke, onde escolheu clássicos de Dylan, que cantou com os que o rodeavam.

 

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