Steven Spielberg foi uma das 17 personalidades norte-americanas condecoradas esta terça-feira por Barack Obama com a Medalha da Liberdade, a mais alta distinção civil atribuída nos Estados Unidos.

Além do realizador de Ponte de Espiões – o seu novo filme, que chega esta quinta-feira aos cinemas em Portugal –, o Presidente norte-americano homenageou também figuras como a actriz e cantora Barbra Streisand e, ainda na área da música, James Taylor, o casal cubano-americano Gloria e Emilio Estefan, o compositor Stephen Sondheim e o violinista israelita Itzhak Perlman.

Mas entre as “pessoas extraordinárias – inovadores, artistas e líderes – que contribuem apara a força da América como nação”, palavras de Obama citadas pela agência AFP, estavam também desportistas (dois ícones do basebol, Willie Mays e Yogi Berra, este a título póstumo), activistas e gestores públicos.

Sobre a obra do realizador de Parque Jurássico, o Presidente americano falou assim: “Um filme de Spielberg é uma imaginação sem limites, são mundos restituídos nos seus mínimos detalhes, personagens que se batem para controlar o seu destino”, disse Obama na cerimónia realizada na Casa Branca. E acrescentou que mais importante até do que isso é o facto de o cinema do realizador e produtor ser “marcado por uma fé profunda na nossa humanidade comum”. Nesse sentido, evocou também a acção cívica que Spielberg tem desenvolvido em paralelo com o seu trabalho no cinema, nomeadamente com a Fundação para a Shoah, que ajudou a criar.

Steven Spielberg, como, de resto, a maioria da comunidade de Hollywood, envolveu-se activamente no apoio à candidatura de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, desde que este superou Hillary Clinton na disputa dentro do Partido Democrata.

Vencedor de três Óscares – dois com A Lista de Schindler, melhor filme e melhor realizador; um por O Resgate do Soldado Ryan, melhor realizador, além do Prémio de Carreira Irving G. Thalberg –, Steven Spielberg continua a sua intensa actividade no cinema, como realizador e produtor.

Ponte de Espiões, o seu filme mais recente, protagonizado por Tom Hanks (O Resgate do Soldado Ryan, Apanha-me se Puderes, Terminal de Aeroporto) e encenando um episódio real dos tempos da Guerra Fria, chega esta semana às salas portuguesas, depois de ter tido a antestreia europeia na semana passada, em Berlim. O próprio Spielberg deslocou-se à capital alemã, onde – recorda a AFP – explicou que o cinema sempre foi, para si, “o melhor meio de se desembaraçar dos [seus] demónios”.