Astérix pode descansar: o seu criador e a filha fizeram as pazes

A batalha foi longa mas acabou com tréguas. Uderzo e a filha desistiram de uma disputa legal que se arrastava há sete anos.

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E tudo acabou em bem. Há sete anos que Albert Uderzo, o co-autor da ultrafamosa banda-desenhada Astérix, andava em disputa legal com a sua filha, Sylvie Uderzo.

Esta sexta-feira, finalmente, alcançaram um acordo, abandonando a disputa legal. Os dois concordaram abandonar a batalha que se foi prolongando ao longo dos anos, sublinhada por diversas acções judiciais e muitas acusações recíprocas que foram alimentando as páginas da imprensa francesa.

O diferendo remonta a 2007, quando Sylvie Uderzo e o marido, Bernard de Choisy, foram demitidos do cargo de administradores da propriedade Uderzo. Em Dezembro de 2008, Albert Uderzo e Anne Goscinny, filha de René Goscinny, venderam 60% da editora Éditions Albert René à editora Hachette Livre. Esta percentagem implicava o controlo da vertente editorial e audiovisual de Astérix, assim como os direitos de merchandising associados.

Na altura, Sylvie Uderzo viria a acusar o pai de estar a ser manipulado devido à sua idade avançada. O argumentista e desenhador de 87 anos haveria de ripostar, acusando, por sua vez, a filha de colocar em causa a sua integridade psicológica e de querer interferir na gestão da fortuna milionária gerada pela banda-desenhada franco-belga mais rentável de sempre.

As aventuras de Astérix, iniciadas em 1959 pelas mãos de Albert Uderzo e René Goscinny, venderam mais de 352 milhões de álbuns e foram traduzidas em cerca de 111 línguas. Agora, ao que parece, regressa a paz a terras gaulesas.

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