As gloriosas vidas de David Bowie expostas em Chicago

David Bowie Is, exposição/acontecimento de 2013 em Londres, inaugura nesta terça-feira em Chicago, cidade norte-americana, cujo presidente da Câmara proclamou o dia 23 de Setembro como o dia de Bowie.

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Exposição fica em Chicago até ao dia 4 de Janeiro Reuters

Chicago talvez não seja a primeira cidade que se pensaria para receber uma das exposições mais faladas do ano passado, aquela que reuniu no Victoria & Albert Museum, em Londres, mais de 300 objectos do espólio pessoal de David Bowie e que ainda antes de inaugurar já tinha milhares de bilhetes vendidos. Talvez se pensasse primeiro em Nova Iorque, ou Miami. Mas foi mesmo em Chicago que David Bowie Is inaugurou nesta terça-feira.

Terça-feira, dia 23, é a partir de agora o dia de David Bowie em Chicago. Quem o proclamou foi exactamente o presidente da Câmara de Chicago, a propósito exactamente da inauguração da exposição no Museu de Arte Contemporânea de Chicago e que revisita um dos mais poderosos ícones culturais da segunda metade do século XX. E não foram apenas palavras, a partir de agora, e todos os anos, 23 de Setembro será o dia de David Bowie em Chicago.

Num documento assinado a 12 de Setembro e só agora tornado público, Rahm Emanuel  descreveu Bowie como “um indiscutível ícone mundial”, que conta já com “26 álbuns de estúdio muito aclamados pela crítica”. O presidente da Câmara de Chicago destaca ainda a “notável carreira de meio século que tem superado culturas”.

Rahm Emanuel  destaca ainda que está o Museu de Arte Contemporânea de Chicago será a única instituição norte-americana a receber esta exposição e isso também é surpreendente, como nota, por exemplo, o The Guardian.

Em vez de viajar para cidades onde normalmente as grandes exposições têm paragem, como Nova Iorque, David Bowie Is vai ficar em Chicago até 4 de Janeiro de 2015. Isto acontece no seguimento da aposta do Museu de Arte Contemporânea de Chicago estar lado a lado na programação ao lado das grandes instituições, como o MoMA, de Nova Iorque.

Ao The Guardian, o curador Michael Darling explicou que isto só foi possível graças à persistência e ao timing com que tudo aconteceu. Assim que Darling ouviu falar na exposição, desde logo se pôr em contacto para apresenta-la em Chicago. “Temos o maior espaço contíguo que permite uma experiência mais envolvente do que em qualquer outro lugar”, diz ao diário britânico o curador, que defende que é pela criatividade que os museus se podem distinguir uns dos outros.

Apresentar uma exposição destas é sinal disso mesmo, explica. Na montagem da exposição em Chicago foram seguidas as mesmas linhas do Victoria & Albert Museum mas com um pouco mais espaço, o que permite que se possa focar mais objectos ainda. David Bowie Is ocupa todo o quarto andar do museu.

À entrada da exposição são entregues aos visitantes uns auscultadores que os guiarão pela mostra, ouvindo-se não só todas as explicações das peças como músicas, prestações televisivas ou entrevistas do músico, que no ano passado editou sem aviso prévio The Next Day.

“Os fãs de Bowie com certeza encontrarão uma série de diferentes e grandes detalhes”, garante Darling, para quem esta exposição apresenta não só “uma grande visão da carreira criativa” de Bowie e de como este sempre olhou para o desenvolvimento constante dessa mesma carreira. “Quase todos apreciam isso.”

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