Actor Shia LaBeouf diz que foi violado durante uma performance

O intérprete de Transformer contou à revista Dazed que uma mulher o chicoteou, despiu e violou aproveitando o facto de a sua performance, numa galeria de Los Angeles, exigir que permanecesse em silêncio com um saco de papel enfiado na cabeça.

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O actor norte-americano Shia LaBeouf, que ganhou notoriedade na saga de ficção científica Transformers, afirma ter sido violado em Fevereiro passado durante uma performance artística numa galeria de arte de Los Angeles, na Califórnia. O projecto de LaBeouf, intitulado #I AM SORRY, consistia em ficar sentado numa sala, com um saco de papel enfiado na cabeça, no qual se lia “Já não sou famoso”. O resto ficava a cargo dos visitantes, que entravam um de cada vez e interagiam com o artista como bem entendessem, sendo que a regra do jogo era este permanecer em silêncio.

La Beouf diz agora que no Dia dos Namorados, ou de S. Valentim (14 de Fevereiro), uma mulher, cujo namorado terá ficado à espera fora da sala, lhe chicoteou as pernas durante alguns minutos (os visitantes dispunham de vários objectos colocados em cima duma mesa, incluindo um chicote, uma garrafa de bourbon e um alicate) e depois o despiu e o violou, saindo "com o cabelo desgrenhado e o batom esborratado".

As declarações foram feitas à revista Dazed, mas LaBeouf não tomou propriamente a iniciativa de contar a alegada violação sofrida em Fevereiro, admitindo que o termo violação se aplica às circunstâncias. O jornalista da Dazed perguntou-lhe se tivera alguma experiência particularmente comovedora ou perturbante durante os cinco dias que durou a performance #I AM SORRY, e o actor contou então este episódio, explicando que havia “centenas de pessoas em fila de espera” enquanto a mulher o violava.

Ainda por cima, diz LaBeouf, a sua namorada foi visitá-lo nesse mesmo dia e, aparentemente, já teria ouvido rumores da violação, tendo-lhe pedido explicações, que ele não pode dar para não infringir a regra de silêncio que tinha imposto a si próprio.

O actor, preso em Junho por conduta desordeira num espectáculo na Broadway, tem tido acompanhamento médico para se libertar da sua dependência do álcool, e já afirmou querer retirar-se dos palcos, criticando “uma cultura que se transformou em mercadoria” e observando que quem aparece num tablóide "é um produto, um objecto”.

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