Conchita Wurst, “a senhora de barba”, venceu o festival da Eurovisão

Áustria à frente da Holanda e da Suécia.

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Conchita Wurst, da Áustria, venceu a 59.ª edição do Festival Eurovisão, recolhendo 290 pontos, à frente dos candidatos da Holanda (238 pontos) e da Suécia (218).

Tom Neuwirth, agora Conchita Wurst, apresentou-se em palco com cabelo comprido, vestido e barba, convencendo o júri com a interpretação da canção Rise Like a Phoenix.

“Esta noite é dedicada a todos os que acreditem num futuro de paz e liberdade. Somos unidade e somos imparáveis”, disse Conchita Wurst, ao receber o troféu. A figura deste travesti de 25 anos tinha causado polémica e críticas, especialmente no Leste da Europa.

Esta é apenas a segunda vez que a Áustria vence o festival da Eurovisão, a primeira aconteceu em 1966.


 

Conchita Wurst foi seguida na classificação pelo duo holandês Common Linnets, que levou ao concurso "Calm After The Storm", e pela Suécia, representada Sanna Nielsen e o tema "Undo", que ficou em terceiro lugar.

Após a vitória, Wurst disse em conferência de imprensa que o "seu sonho se tornou realidade” e que a sua participação na Eurovisão lhe mostrou que “há pessoas por aí que querem o caminho do futuro e continuar, não a andar para trás ou a pensar no passado”.

O austríaco recebeu muitos aplausos durante o concurso mas também muitas críticas, tendo mesmo sido lançadas petições online na Bielorrússia, Arménia e Rússia para que os excertos da sua participação fossem retirados ou editados quando exibidos nas televisões nacionais.

A organização da edição deste ano do festival, assegurada pela Dinamarca, declarou a tolerância como o tema principal do evento. Nas ruas de Copenhaga foram colocadas várias bandeiras arco-íris, símbolo do orgulho gay, durante a última semana.

Além da controvérsia criada em torno de Conchita Wurst, a Eurovisão ficou ainda marcada por uma questão política, com a Rússia de um lado e a Ucrânia do outro. Não terão havido quaisquer atritos entre as gémeas russas Tolmachevy e a ucraniana Mariya Yaremchuk, mas a sua participação ficou marcada pela actual crise na região.

Durante as suas actuações, as irmãs Tolmachevy receberam em alguns momentos apupos de membros do público, o que levantou dúvidas sobre se a classificação russa seria afectada pela anexação da Crimeia por Moscovo e pela posição anti-gay que recentes decisões governamentais têm assumido a partir do Kremlin.

Na atribuição de pontos pela Ucrânia, as gémeas ficaram em terceiro lugar, atrás da Polónia (em primeiro) e da Arménia (em segundo). Já a Rússia, colocou a Ucrânia na terceira posição e a Bielorrússia e Azerbaijão nos primeiros lugares – são países habitualmente aliados da Rússia, quer na Eurovisão quer no campo político. Na classificação geral, a Ucrânia ficou em sexto e a Rússia em sétimo.

A controvérsia subiu de tom depois da organização do festival ter decidido que os votos da Crimeia seriam contados como votos da Ucrânia, por causa nos códigos telefónicos nacionais.

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