Lisboa quer entrar no fuso da videoarte

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O festival vai prolongar-se até sábado e está distribuído por quatro espaços de Lisboa.
Tudo para mostrar que a videoarte também é para o grande público

a É a primeira edição de um festival, não competitivo, que leva a Lisboa "uma prática que existe já um pouco por todo o lado", diz Jean-François Chougnet, director do Museu Berardo (MB) e comissário, com Elsa Aleluia, de Fuso - Anual de Videoarte Internacional de Lisboa.O objectivo deste festival coproduzido pelo MB e pela DuplaCena, e que quer passar a realizar-se anualmente, é "mostrar ao grande público que a videoarte é um medium de expressão artística transversal a todas as artes", diz o director do museu.
O programa começou ontem e vai até ao próximo sábado com sessões distribuídas por quatro lugares de Lisboa: o Museu Colecção Berardo, o Lux Frágil, o Goethe Institut e o BES Arte & Finança (ao Marquês do Pombal).
A estrutura do programa não seguiu nenhum tema específico, mas "houve a preocupação de criar uma coerência para as cinco noites", explica Jean-François Chougnet. Assim, a série de filmes que hoje é exibida no Goethe Institut (às 22h e 23h30 - há sempre duas sessões em cada noite, com um tempo para debate entre elas, e entrada livre) é dedicada à videoarte israelita, trazida da bienal VideoZone, de Telavive. A apresentação será feita por Sérgio Edelsztein, um curador argentino radicado em Israel.
No BES Arte & Finança são divulgadas as colecções do MB e da Fundação PLMJ, cada uma delas com cerca de meia centena de obras - a do conhecido escritório de advogados especificamente centrada em artistas nacionais, a da Colecção Berardo aberta também a nomes internacionais. Helena Almeida, Filipa César, João Onofre, Cristina Mateus e Pedro Barateiro são alguns dos nomes representados neste núcleo (cujas projecções prosseguirão, depois, até final de Agosto).
Amanhã, de novo no Instituto Alemão, as sessões terão a parceria do World Wide Video Festival de Amesterdão, e darão a conhecer exclusivamente trabalhos do belga Walter Verdin, apresentado como um "pioneiro da videoarte na dança", com a presença do próprio e apresentação do curador Tom van Vliet. Serão exibidas as obras Monoloog van Fumiyo Ikeda op het einde van Ottone Ottone (1989), Goldberg Variations (1992) e La Mentira (1992).
Na sexta-feira, no MB, há "carta-branca a João Tabarra", que apresentará uma antologia da sua obra com 15 títulos realizados entre 2001 (Assembler) e 2008 (Pedra). Seguir-se-á um programa em parceria com a galeria Helga Alvear, de Madrid, com a obra de Santiago Sierra Los Penetrados.
As jornadas de sábado são dedicadas à produção francesa de Le Fresnoy, um estúdio de arte contemporânea em Tourcoing, com apresentação de Alain Fleischer e Dominique Païni.

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