Grande Prémio de BD de Angoulême para Georges Wolinski

O autor de banda desenhada e desenhador de imprensa Georges Wolinski será o presidente do 33º Festival Internacional de BD de Angoulême, a realizar em Janeiro do próximo ano naquela cidade francesa. Esta qualidade decorre da atribuição do Grande Prémio da Cidade de Angoulême de 2005, divulgado na noite de sábado numa cerimónia realizada no edifício da câmara da cidade. A escolha foi feita pela Academia do Festival, composta pelos anteriores vencedores do mesmo galardão, entre os quais se contavam Vuillemin, Florence Cestac, Mandryka, Margerin, Fred, Moebius, Lauzier, Boucq, Juillard, Bilal, Mézières e Loisel. Embora a escolha do júri não tenha sido feita por unanimidade, o nome de Wolinski recolheu uma aceitação generalizada dos seus pares que se deslocaram a Angoulême. Foi o único criador francês premiado nesta edição do festival de BD.
Nascido há 70 anos na Tunísia, Wolinski veio muito cedo para França. Aos 19 anos estuda arquitectura em Paris, mas o interesse pelo desenho rapidamente o fez agulhar na direcção da imprensa, onde desenvolve a sua actividade em permanência. Os seus desenhos satíricos, aparentemente "toscos", destacam-se a partir de 1960 na revista "Hara Kiri" e, em seguida, no jornal "Charlie Hebdo" (1968), onde continua a colaborar actualmente. A par da corrosiva crítica revelada na abordagem dos temas de actualidade nas páginas dos jornais, Wolinski é autor de banda desenhada. Entre os álbuns publicados contam-se "Le Sens de l"Humour", "Pauvres Mecs", "Demain, il fera Jour" e "Hit Parade", todos nas Éditions Albin Michel. Carlos Pessoa, em Angoulême

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