Frei Fado (D"el Rei)

Os Frei Fado (agora sem D"el Rei) estreiam hoje na Casa da Música, no Porto (sala 2, 22h), o seu quarto disco, Se o Meu Coração não Erra. Carla Lopes, a vocalista, explica a novidade.

Neste trabalho falam de uma nova sonoridade, de uma nova identidade musical do grupo. Como a caracteriza?

Significa quebrar com um estilo que fez sentido outrora, quando fomos buscar algumas ideias à música medieval, até ao nível das letras. As teclas, usadas para imitar sons antigos, são agora mais piano, continuando outras características do Frei Fado, como a guitarra do Ricardo Costa, que mantém uma certa rudeza.

As novas músicas são feitas na maioria sobre poemas de Valter Hugo Mãe. Mas também há Fernando Pessoa, Lobo Antunes e Florbela Espanca...

O poema do Pessoa já vinha de trás, de há bastante tempo, o do Lobo Antunes foi uma surpresa por ter encontrado o livro de letrinhas de canções, uma edição única que nem foi vendida. O Valter Hugo Mãe, desafiámo-lo a escrever. Ele já conhecia o grupo e escreveu de propósito para este trabalho, foi um privilégio para nós. Os textos dele marcam muito o que fizemos depois, com as canções. A música teve de ser adaptar aos poemas, na verdade ele fez mais do que aqueles que gravámos.

Frei Fado perdeu agora o D"el Rei. Foi só para simplificar?

O Rei tinha a ver com as músicas medievais do início e isso deixou de fazer sentido. Por outro lado, foi para simplificar: Frei Fado D"el Rei era difícil de dizer pelas pessoas. Nuno Pacheco

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