Theatro Circo mantém aposta em artistas nacionais na sua programação

Os artistas nacionais vão continuar a dominar a programação do Theatro Circo, em Braga, durante este ano.

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O Theatro Circo em Braga LUIS EFIGENIO

A estrutura apresentou esta quinta-feira os espectáculos do primeiro trimestre onde o teatro e a música feitas em Portugal estão em destaque. Apesar das dificuldades por que passa o país, a autarquia local manteve o orçamento do equipamento para este ano.

Os primeiros três meses de programação do Theatro Circo em 2013 são apresentados como uma “continuidade” do último ano pelo coordenador de programação daquele espaço, Hugo Loureiro. Face aos problemas que o sector cultural enfrenta em Portugal, o teatro de Braga decidiu privilegiar os espectáculos de artistas nacionais, à semelhança do que havia feito no ano anterior. A grande novidade é a introdução de ciclos de programação que têm como objectivo fidelizar públicos.

São disso exemplo o ciclo de programação dedicada às crianças, Infanta, bem como o Música e Cinema, com três edições já programadas, dedicadas a John Williams (30 de Janeiro), Michael Nyman (27 de Fevereiro) e aos musicais da Broadway (20 de Março), respectivamente. Braga passa também a acolher o ciclo Sai de Baixo que, uma vez por mês, levará projectos nacionais emergentes ao pequeno auditório. Emmy Curl (12 de Janeiro), doismileoito (2 de Fevereiro) e Pedro e os Lobos (22 de Março) são os três primeiros nomes do ano.

A música marca, de resto, boa parte da programação do Theatro Circo, desde os concertos de música erudita do L’Effetto Ensemble (9 de Março) e Artensemble (16 de Março), ao fado, Carminho (26 de Janeiro), passando pelo pop, com os espetáculos de Mónica Ferraz (15 de Fevereiro) e Jorge Palma (2 de Março), que começa em Braga a digressão de apresentação do novo álbum Íntimo.

A outra grande aposta do primeiro trimestre no teatro bracarense é no teatro, com três espectáculos. A 10 e 11 de Janeiro o Cendrev apresenta Vou ou não vou esta noite ao teatro?, a partir de textos de Karl Valentin, enquanto a 15 de Março, o Teatro Meridional repõe O senhor Ibrahim e as flores do Corão, que foi espectáculo de honra do Festival Internacional de Teatro de Almada no ano passado. O teatro comercial tem também espaço na programação com o espectáculo E tudo o casamento levou (25 de Janeiro), que junta em palco Almeno Gonçalves e Maria João Abreu.

Da programação do Theatro Circo apresentada esta quinta-feira fazem ainda parte o concerto Ópera & Amor, criado pela Companhia de Ópera do Castelo com os sopranos Catarina Molder e Carlos Guilherme (14 de Fevereiro) e o espectáculo de dança contemporânea Drácula, criado pela companhia portuguesa Vórtice, que sobe ao palco a 18 de Janeiro.

O Theatro Crico abre assim a programação num ano em que vai manter o seu orçamento. A Câmara de Braga vai transferir para a estrutura um milhão de euros, à semelhança do ano anterior, mas o valor global gerido pelo equipamento é superior em 500 mil euros, por via das receitas próprias de bilheteira e sobretudo de sete projectos apoiados pelo QREN. “Conseguimos manter o teatro sem grandes problemas”, sublinha a vereadora da Cultura, Ilda Carneiro, atribuindo à “gestão apertada” do equipamento o mérito pela manutenção do investimento. A autarca espera também conseguir “manter o número de espectadores” que têm passado pelo Theatro Circo nos últimos anos, apesar da conjuntura nacional difícil. No ano passado o equipamento teve cerca de 63 mil espectadores (os números finais só são conhecidos dentro de algumas semanas) aproximando-se do total de 63845 conseguidos em 2011.

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