"Tabu" entre os melhores do ano para a revista "New Yorker"

Filme de Miguel Gomes é uma das escolhas do crítico Richard Brody.

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O filme estreou-se na semana passada em França DR

O último trabalho de Miguel Gomes continua a destacar-se. Tabu já tinha ficado entre os melhores para a francesa Cahiers du Cinema e para a britânica Sight & Sound, e agora figura também nas preferências da norte-americana New Yorker.

O filme, que na semana passada se estreou em França e foi visto por 27.125 espectadores em  cinco dias, foi escolhido pelo crítico Richard Brody, que todos os anos publica na New Yorker a sua lista dos melhores do ano. Brody faz um top dos cinco melhores filmes e enumera depois, sem classificação, aqueles que também lhe merecem destaque (é aí que aparece Tabu).

Num ano em que a indústria assistiu ao crescimento de dois movimentos díspares, como destaca Brody, em que tanto estrearam filmes independentes com orçamentos baixos como se viram grandes produções, coloca no topo da sua lista Holy Motors, de Léos Carax, ex aequo com Moonrise Kingdom, de Wes Anderson. Logo a seguir, surge O Mentor, de Paul Thomas Anderson, sobre a relação entre um intelectual carismático, conhecido como “The Master” (o Mestre), que cria uma organização religiosa na década de 1950, e um jovem que se torna o seu ajudante.

Depois, “dois filmes sobre como fazer filmes”, Oki’s Movie, de Hong Sang-soo, e Isto não é um filme, de Jafar Panahi.

É então que surge Tabu, já numa lista ordenada arbitrariamente. “O amor e o colonialismo, ou podem os europeus viver quando os seus países estão bem?”, como escreve o crítico. Escolhe ainda o filme de Miguel Gomes para a categoria de melhor argumento original, ao lado de O Mentor, Damsels in Distress, de Whit Stillman, Red Hook Summer, de Spike Lee, e The Color Wheel, de Alex Ross Perry.

Esta é a segunda vez que Miguel Gomes aparece entre as preferências da revista nova-iorquina: aí figurou em 2010  com Aquele Querido Mês de Agosto. Nesse ano, também O Estranho Caso de Angélica, de Manoel de Oliveira, e Ne Change Rien, de Pedro Costa, entraram na lista. 

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