O arquitecto viu o trabalho desenvolvido pelo seu atelier, Phyd Arquitectura, reconhecido a par de outros 19 arquitectos provenientes de vários países, como Alemanha, Estados Unidos, Japão, Canadá e Brasil.

Do português Paulo Henrique Durão, que divide o tempo entre a arquitectura e o ensino, a revista destaca uma das suas últimas obras, a Casa em Moreira, na Maia. É para a Wallpaper “uma composição geométrica de baixos volumes ortogonais, em betão, que alternam com espaços abertos que prolongam a estrutura para a natureza e outros elementos circundantes”.

No site da Phyd Arquitectura, o arquitecto explica que “a casa constrói-se em torno de três temas de projecto: o espaço contínuo e abarcante, que incorpora diferentes funções do habitar, o tempo, que incorpora o movimento e a permanência, e a materialidade, que incorpora a antítese peso/leveza”. “O espaço articula, a compressão e horizontalidade, com a descompressão e verticalidade. Num exercício preciso, de medida e proporção”, continua.

Paulo Henrique Durão, natural da Marinha Grande, licenciou-se na Universidade Lusíada de Lisboa com a média final de 18 valores. O arquitecto tem ainda formação na Escola Técnica Superior de Arquitectura de Madrid, onde actualmente é professor convidado, e lecciona na Lusíada, depois de já ter dado aulas na Lusófona.

Grande parte da sua obra é constituída por residências privadas, tendo vários projectos em Pedrogão, Liteiros, Barqueiros, Barquinha, Cascais, Entroncamento, Dobra e Cartaxo. Mas nem só por cá o arquitecto tem desenvolvido o seu trabalho, tendo várias obras em Espanha, Angola, Moçambique e México.

Em 2009, em co-autoria com o espanhol Alberto Campo Baeza, Paulo Henrique Durão foi responsável pela Porta Milano, no aeroporto de Milão, Itália. No próximo ano, o arquitecto vai conceber uma nova sala de exposição para a fábrica Renova.

Citado pela Wallpaper, Paulo Henrique Durão explica que a cada objecto novo gosta de fazer novas experiências. “Talvez envolvendo diferentes circunstâncias de cada vez, mas sempre da mesma forma, tentando reinventar uma pequena parte do mundo, em cada projecto”, assim define a sua forma de trabalhar.

Todos os anos a Wallpaper faz uma selecção dos jovens arquitectos mais promissores, destacando algumas das suas obras. Este ano, ao lado do trabalho do português, há uma casa de Verão sueca, uma residência rural no interior de Michigan, um pavilhão escultural em Sidney ou até uma fábrica de engarrafar garrafas na Patagónia são algumas das obras destacadas pela Wallpaper.