Parvalorem vai enviar contrato com a Christie´s para o Tribunal de Contas

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A exposição das obras na leiloeira Christie’s Reuters

A Parvalorem, sociedade anónima de capitais públicos que detém a colecção de arte Miró, revelou hoje à agência Lusa que vai enviar para o Tribunal de Contas (TdC) o contrato celebrado com a Christie´s para venda das 85 obras.

Na quarta-feira, no parlamento, os deputados da oposição reiteraram o pedido de acesso ao contrato entre a Parvalorem e a Christie´s para a venda, que até agora não foi divulgado publicamente devido à existência de uma cláusula de confidencialidade pedida pela leiloeira.

Durante uma audição da secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, foi levantada a questão da natureza do contrato e da sua fiscalização pelo TdC.

A secretária de Estado do Tesouro disse, tal como tinha sustentado anteriormente a Parvalorem, que o contrato não tinha sido enviado ao TdC porque "não envolve qualquer despesa para o Estado, mas sim receita".
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Parvalorem, Francisco Nogueira Leite, revelou que vai enviar ao tribunal, já na segunda-feira, o contrato de venda celebrado com a Christie´s "para que não subsistam quaisquer dúvidas".

“A nossa intenção é colaborar com as autoridades o mais possível e esclarecer todas as dúvidas que têm vindo a público”, comentou sobre este caso que tem gerado polémica desde o início do ano, quando foi anunciada a venda da coleção Miró em leilão.

Francisco Nogueira Leite disse ainda à Lusa que enviou à procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, na quarta-feira, um pedido de audiência para abordar a venda das obras de Miró.
“Depois de termos lido notícias na imprensa sobre a preparação de novas acções judiciais neste processo decidimos pedir para falar com a senhora procuradora-geral”, acrescentou.


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