Organização quer recorde de visitantes na Feira do Livro de Lisboa

Espera mais de meio milhão de visitantes ao longo das duas semanas

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Organização apresentou esta quinta-feira a 83ªedição da Feira do Livro Nuno Ferreira Santos
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Apresentação aconteceu no Parque Eduadro VII Nuno Ferreira Santos

Depois de 82 edições, não é fácil inovar. Mas mesmo assim a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), consegue apresentar novidades à 83ª edição da Feira do Livro de Lisboa. Mesmo em ano de crise, e assombrada pela não realização do evento no Porto, a Feira do Livro de Lisboa, que arranca no dia 23, acontece com o mesmo número de editores e mais actividades. Mas a grande novidade vem de fora: a Conferência de Edimburgo, associada a um dos mais importantes festivais literários mundiais, vai aterrar no Parque Eduardo VII.

O convite de trazer a Conferência de Edimburgo a Lisboa foi feito pelo Bristish Council à APEL, que viu nele uma oportunidade de enriquecer a programação da feira. Assim, no dia 25 de Maio, alguns escritores como os portugueses José Rodrigues dos Santos, João Tordo e Dulce Maria Cardoso ou a britânica Denise Mina e o francês Mathias Énard vão estar a debater se A literatura deve ser política (tema do primeiro painel) ou Qual será o futuro do romance.

“É uma amostra da Conferência de Edimburgo que achámos bem incluir nas actividades da feira”, explicou ontem o editor Eduardo Boavida na conferência de imprensa de apresentação da feira, acrescentando que, no dia 24, Lisboa acolherá também a primeira Noite de Literatura Europeia, em oito locais emblemáticos da cidade poder-se-á assistir a leituras de obras de oito escritores contemporâneos.

Na Feira do Livro de Lisboa, que termina a 10 de Junho, foram criados mais espaços de leitura, para que quem visita a Feira possa apreciar o espaço “e apenas estar”. “Queremos que as pessoas estejam presentes e possam ler de forma agradável”, diz Pedro Pereira da Silva, da APEL, acreditando que este ano o número de visitantes possa ultrapassar o meio milhão. “Queremos bater o recorde das 500 mil pessoas na Feira, no ano passado estivemos perto e por isso acreditamos que este ano vamos conseguir.”

É por isso que há também uma aposta na edição deste ano nas actividades infantis e para as famílias. Aqui, a responsabilidade fica a cargo da Câmara Municipal de Lisboa, que através da sua rede de bibliotecas, juntamente com as editoras infantis presentes na feira, tem já várias actividades como os serões de contos (em português e inglês), ateliês, histórias para bebés, lançamento de livros e, claro, encontros com os autores. Para o Dia Mundial da Criança, 1 de Junho, está pensada uma programação especial que só será divulgada na altura.

Para quem quiser ajudar na realização da feira, a organização disponibiliza 30 vagas para voluntários. "Estamos a reagir a um pedido que nos foi feito", disse Pedro Pereira da Silva, explicando que nos últimos anos foram várias as pessoas que quiseram saber como é que poderiam participar mais activamente na realização da Feira do Livro de Lisboa. As candidaturas são abertas já esta semana.

Mas nem com as novidades a APEL conseguiu fazer esquecer o cancelamento da Feira do Livro do Porto durante a conferência de imprensa nesta quinta-feira. Os responsáveis explicaram, como já tinham dito antes, que não foi possível chegar a um acordo com a Câmara Municipal do Porto, esperando que no próximo ano, "com uma nova Câmara", a feira se possa voltar a realizar.

 

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