Naomi Wolf no Festival Literário da Madeira

A feminista norte-americana é a primeira escritora confirmada neste encontro literário que decorre no Funchal.

Foto

A escritora e jornalista Naomi Wolf, que ficou conhecida no início dos anos 1990 pelo seu livro O Mito da Beleza (escreveu-o aos 27 anos), fará a conferência de abertura da 3.ª edição do Festival Literário da Madeira (FLM), que decorre entre 1 e 7 de Abril, no Funchal, e tem por tema Manifesto à Arte.

Wolf, que no ano passado publicou Vagina – A Cultural History, um misto de memórias com história cultural e científica em torno da sexualidade feminina, participará no festival organizado pela Nova Delphi, que dela editou O Fim da América – Carta de Aviso a um Jovem Patriota.

O mote desta edição do festival é Revolução, Ruptura, Renovação. No site oficial do Festival Literário da Madeira(www.festivalliterariodamadeira.pt) explica-se a escolha do tema: “Num momento socioeconómico particularmente delicado que muitos países atravessam, há que questionar o passado para construir um novo futuro. Manifestemo-nos, pois, através da Arte. Usando as palavras de Almada Negreiros: Basta pum basta!”, defendem os organizadores.

Na sua programação – que só será divulgada na íntegra mais tarde – o Festival Literário da Madeira inclui conferências e conversas com escritores, espectáculos, manifestações artística e visitas a escolas. Entre as novidades deste ano está o lançamento do FLI – Festivalinho Literário Infantil, que pretende “iniciar os mais pequeninos no Festival Literário da Madeira, proporcionando um maior contacto com os livros, autores, escritores e ilustradores.”

Numa entrevista publicada no ano passado na revista 2, Naomi Wolf, na altura do lançamento de Vagina – A Cultural History, explicava que está a trabalhar sobre temas ligados aos direitos civis. Lembrou a altura em que, em 2011, foi presa durante um protesto do movimento Occupy em Nova Iorque, cidade onde vive.

Já em Janeiro, numa carta aberta publicada pelo jornal Guardian, Wolf comparou a realizadora Kathryn  Bigelow com Leni Riefenstahl, a cineasta oficial de Hitler, pela "apologia" que, na sua opinião, o filme 00:30 A Hora Negra  faz da tortura. A escritora definiu o filme como “um anúncio publicitário de duas horas, muito bem filmado”, destinado a manter fora da prisão os agentes de serviços secretos que cometeram crimes em Guantánamo.  
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar